S�o Paulo - Presidente do Solidariedade, primeiro partido a defender abertamente o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e da For�a Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da For�a, disse em uma plen�ria da central que mesmo em caso de afastamento da petista, o governo que a suceder aplicaria as mesmas medidas de ajuste fiscal contr�rias aos interesses dos trabalhadores.
"Se mudar o governo n�o tenha d�vida, as reformas s�o as mesmas, � reforma da Previd�ncia, � aumento de imposto, tudo aquilo que n�s estamos falando que n�o aceitamos desse (governo). Porque para sair dessa situa��o o outro vai fazer o qu�? Por que a CPMF est� parada na Comiss�o de Constitui��o e Justi�a? Porque est�o esperando a Dilma cair pra aprovar. Ou voc� acha que eu sou besta?", disse o parlamentar em plen�ria da For�a Sindical realizada no dia 12 de janeiro, em S�o Paulo.
O discurso de Paulinho tinha como objetivo derrubar resist�ncias ao seu retorno � presid�ncia da central sindical, da qual estava licenciado. Desde que o deputado reassumiu seu posto sindical, dirigentes da For�a ligados a outros partidos temem que Paulinho instrumentalize a central conforme os interesses do Solidariedade e, com isso, deixe em segundo plano a defesa dos trabalhadores.
"Sou hoje uma das principais personalidades do impeachment da Dilma. Se vai mudar o governo eu tamb�m sei o que vem depois", disse o deputado na plen�ria sindical.
Nesta quinta-feira, 4, no entanto, o Solidariedade, partido presidido por Paulinho, defender� o impeachment de Dilma em seu programa de TV. A inser��o ter� dura��o de 10 minutos, tempo ao qual o partido tem direito.
No programa, Paulinho e outros nove deputados da legenda enumeram seus argumentos para o afastamento da presidente: falta de credibilidade da economia, pedaladas fiscais, a compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras, mentiras da campanha eleitoral e crise econ�mica.
Segundo a pe�a publicit�ria, o Solidariedade foi criado dois anos atr�s "para atender interesses dos trabalhadores e aposentados" e foi "o primeiro partido a defender o impeachment da Dilma".