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Estado de Minas

Lobista diz que ex-assessor de Capez ganhou comiss�o


postado em 04/02/2016 10:01 / atualizado em 04/02/2016 10:31

S�o Paulo - O empres�rio Marcel Ferreira J�lio, apontado como lobista do esquema de fraudes em licita��es da merenda escolar, afirmar� aos investigadores da Opera��o Alba Branca que um ex-assessor do deputado Fernando Capez (PSDB), presidente da Assembleia Legislativa de S�o Paulo, prestou servi�os para a Cooperativa Org�nica Agr�cola Familiar (Coaf), alvo central da investiga��o da Pol�cia Civil e do Minist�rio P�blico do Estado.

Foragido desde 19 de janeiro, quando sua pris�o foi decretada pela Justi�a, Marcel dir� que J�ter Rodrigues, que na ocasi�o integrava o gabinete de Capez, conseguiu, "na pr�tica", que a Secretaria da Educa��o do governo Geraldo Alckmin (PSDB) passasse a comprar suco de laranja da Coaf, em 2014.

A cooperativa havia sido cadastrada em uma chamada p�blica da pasta, mas n�o estava fornecendo o produto, segundo Marcel. A situa��o teria mudado quando J�ter entrou em cena. O lobista vai dizer, ainda, que nunca contribuiu com as campanhas eleitorais de Capez e jamais pagou propinas ao presidente da Assembleia. Capez afirma que demitiu J�ter em dezembro ao descobrir que ele usou seu nome para indicar um delegado para a pol�cia paulista.

Marcel quer depor e "esclarecer todos os fatos". Ele atuava em nome da Coaf, representando a cooperativa em entes p�blicos. Sua miss�o era "apresentar" a cooperativa a �rg�os da administra��o, como prefeituras, autarquias e reparti��es do Estado. A Justi�a decretou a pris�o tempor�ria do lobista a pedido da Alba Branca. Mas ele fugiu. Sua defesa pediu a revoga��o do decreto de pris�o.

Marcel caiu no grampo mantendo sucessivos contatos com outros investigados, entre eles Luiz Roberto dos Santos, o "Moita", ent�o chefe de gabinete da Secretaria da Casa Civil de Alckmin - um dia antes da deflagra��o da Alba Branca, Edson Aparecido, chefe da Casa Civil, demitiu "Moita", que retornou � sua fun��o na CPTM.

Defesas

A Secretaria de Educa��o informou que segue a legisla��o do Programa Nacional de Alimenta��o Escolar, "que institui a inser��o, na alimenta��o escolar, de 30% de alimentos cultivados e produzidos por meio da agricultura familiar e se mant�m � disposi��o da Pol�cia Civil e do Minist�rio P�blico no que for necess�rio para dar sequencia �s investiga��es".

O criminalista Luiz Fernando Pacheco argumenta que Marcel n�o est� afrontando a Justi�a ao se manter foragido. "Ele considera que a pris�o � um constrangimento desnecess�rio. Ele quer depor, est� disposto a esclarecer todos os fatos", disse. "Marcel pode ser chamado de lobista porque o trabalho dele � aproximar empresas de �rg�os p�blicos. Ele apresentava empresas que desejavam negociar com entes p�bicos. Isso n�o � crime."


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