S�o Paulo - O promotor de Justi�a Cassio Conserino afirmou nessa quinta-feira (4) que n�o houve sonega��o de informa��es ou de documentos � defesa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva. Conserino atua no Minist�rio P�blico de S�o Paulo e conduz Procedimento Investigat�rio Criminal (PIC) sobre o tr�plex 164-A no condom�nio Solaris, no Guaruj� (SP), avaliado em cerca de R$ 1,8 milh�o que Lula diz que n�o � dele.
"Isso n�o condiz com a verdade", rebateu Conserino. O promotor exibiu c�pia de uma certid�o da oficial de Promotoria Priscila Silva Marquezini. O documento informa que a advogada Maria Luiza Gorga "compareceu � esta 2.ª Promotoria de Justi�a Criminal da Capital e fotografou os volumes 12.º a 15.º do PIC n�mero 94.0002.00007273/15".
O promotor destacou que a advogada Maria Luiza, do escrit�rio de Zanin, fotografou os volumes dos autos e ficou de retornar � Promotoria, que fica junto ao F�rum Criminal da Barra Funda, na zona oeste da capital.
A rotina di�ria de Conserino compreende a tomada de dezenas de depoimentos e juntada de papeis na investiga��o sobre o tr�plex do empreendimento que foi da Cooperativa Habitacional dos Banc�rios de S�o Paulo (Bancoop), mas acabou entregue � empreiteira OAS.
O promotor observa que nem todos os relatos e novos documentos s�o anexados imediatamente aos autos. A juntada deve ser registrada e numerada, p�gina a p�gina. Ele n�o aceita a informa��o de que teria sonegado dados � defesa.
"A advogada foi orientada a voltar amanh� (sexta-feira, 5). Ela saiu da Promotoria no in�cio da tarde (de quinta) e sabia que havia mais depoimentos para serem juntados ao Procedimento", observou o promotor.
'Arroubo midi�tico'
Procurado pela reportagem, o advogado Cristiano Zanin Martins disse que "o promotor Cassio Conserino, ap�s ter um arroubo midi�tico nas p�ginas da revista Veja, est� ocultando dos advogados constitu�dos pelo ex-Presidente Luiz In�cio Lula da Silva elementos que ele disponibiliza � imprensa".
"Na data de ontem (quinta) os advogados do ex-Presidente estiveram no gabinete desse promotor e foram informados de que h� depoimentos e outros documentos que n�o foram juntados aos autos e que, por essa raz�o, n�o poderiam ser acessados", disse o defensor. "Mas a verdade � que tais documentos j� foram disponibilizados � imprensa, tanto � que est�o mencionados em diversas reportagens", sustentou.