O procurador da for�a-tarefa da Lava Jato Antonio Carlos Welter disse, em um evento na noite desta ter�a-feira em Nova York, que a opera��o come�ou pequena h� cerca de dois anos, mas conseguiu demonstrar que havia uma organiza��o criminosa dentro da Petrobras que envolvia de pol�ticos a empreiteiros, al�m de executivos da companhia e doleiros.
A partir destes cinco doleiros, foi se chegando a diretores da Petrobras, a pol�ticos, a empreiteiros. "Conseguiu se demonstrar que havia uma organiza��o criminosa", disse Welter, ressaltando que ela era composta por quatro grupos: grandes empreiteiras, funcion�rios da Petrobras, pol�ticos (parlamentares e membros do governo) e doleiros.
"Por tr�s disso tudo estava a Petrobras sendo sangrada, a popula��o brasileira sendo sangrada e tamb�m os investidores que compraram a��es da Petrobras", afirmou. A Lava Jato completa em abril dois anos e, segundo o procurador, tem sido importante para o �xito at� agora das investiga��es a participa��o de �rg�os como o Banco Central, a Receita Federal, a Pol�cia Federal, al�m do apoio da opini�o p�blica. "A Lava Jato est� conseguindo agregar as for�as de v�rios �rg�os."
Questionando por um dos participantes do evento se a Lava Jato estava prejudicando as opera��es da Petrobras, Welter disse que seria muito pior deixar uma empresa "endemicamente envolvida em corrup��o".
"Todo empres�rio s�rio tem mais interesse em trabalhar com uma empresa em que o contrato vai ser firmado de forma leal, leg�tima, sem a cobran�a de nenhuma vantagem indevida", disse ele. "Vejo nosso trabalho n�o como algo ruim para a Petrobras, mas como algo bom. Muito pior seria deixar a empresa ou alguma outra estatal ou agentes p�blicos a continuar a cobrar propina."
Porto Alegre
Questionando se estaria deixando a for�a-tarefa da Lava Jato, como chegou a ser noticiado, Welter disse que n�o. Na verdade, o procurador vai seguir na opera��o, mas trabalhando de Porto Alegre, onde mora ele e sua fam�lia, e n�o mais de Curitiba, para onde tinha de ir semanalmente. "Vou trabalhar de Porto Alegre, mas vou continuar trabalhando", afirmou.