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Estado de Minas

Tucano admite a��o favor�vel a cooperativa ligada com esquema da merenda


postado em 11/02/2016 08:37 / atualizado em 11/02/2016 09:18

S�o Paulo - O ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin (PSDB) Luiz Roberto dos Santos, conhecido como "Moita", admitiu � Corregedoria-geral da Administra��o (CGA) ter orientado o empres�rio Marcel Ferreira J�lio, apontado como lobista do esquema de fraudes em licita��es da merenda escolar, a pedir reequil�brio financeiro do contrato posto sob suspeita na Opera��o Alba Branca firmado entre a Cooperativa Org�nica Agr�cola Familiar (Coaf) e a Secretaria da Educa��o.

No depoimento, ele ainda confessou ter tratado do assunto com o ex-chefe de gabinete da Educa��o Fernando Padula, demitido em janeiro. Santos prestou esclarecimentos ao �rg�o que regula a conduta dos funcion�rios estaduais no dia 2 de fevereiro.

A pol�cia investiga suposto pagamento de propina a agentes p�blicos com dinheiro dos contratos destinados � merenda escolar. Depoimentos dados por funcion�rios da Coaf � pol�cia apontam Santos, o presidente da Assembleia Legislativa, Fernando Capez (PSDB), e o secret�rio de Log�stica e Transporte, Duarte Nogueira (PSDB), como benefici�rios da propina. Todos eles negam as acusa��es. Os relatos colhidos pela pol�cia tamb�m apontam Marcel como operador das propinas no esquema investigado pela Opera��o Alba Branca. Ele est� foragido desde 19 de janeiro, quando sua pris�o foi decretada pela Justi�a.

No depoimento ao qual a reportagem teve acesso, o ex-chefe de gabinete da Casa Civil assumiu ter dado orienta��es ao lobista e de ter recebido Marcel no gabinete em audi�ncias n�o registradas na agenda oficial. Santos disse que Marcel se apresentou a ele como "assessor do deputado Nelson Marquezelli (PTB) e representante da Coaf". Marquezelli tamb�m foi citado pelos funcion�rios da Coaf � pol�cia como um suposto benefici�rio da propina oriunda dos contratos firmados com o governo.

Santos afirmou que Marcel pedia a ele contatos com a Secretaria da Educa��o porque estava "tendo dificuldades em cumprir o contrato da Coaf".

Apesar de confirmar � CGA ter tratado com Padula sobre o pedido do lobista, Santos nega ter "interferido diretamente" na secretaria em raz�o do cargo que ocupava. Ele negou tamb�m no depoimento ter "recebido vantagem indevida a t�tulo de comiss�o" de Marcel. "Nunca foi pedido e tamb�m nunca pediu nenhuma vantagem", disse Santos no esclarecimento prestado aos corregedores. O lobista, disse Santos, tamb�m nunca pediu que ele intermediasse em favor da Coaf na Secretaria da Educa��o.

Celular

Santos disse aos corregedores que a conversa com Padula sobre o pedido de reequil�brio financeiro do contrato foi feito pelo celular. Segundo o depoimento de Santos, o ent�o chefe de gabinete da Educa��o teria dito que Marcel tinha que formalizar um pedido para an�lise da pasta.

Um dia antes da deflagra��o da Alba Branca, Santos foi demitido pelo secret�rio da Casa Civil, Edson Aparecido, do cargo de confian�a que ocupava. Ele foi devolvido � fun��o de origem na Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Depois de ter sido exonerado, Aparecido cobrou tamb�m uma postura do PSDB, j� que Santos � um militante hist�rico do partido. At� agora, a legenda n�o instaurou nenhum tipo de procedimento para discutir o caso do suposto envolvimento de Santos na Opera��o Alba Branca.

Na semana passada, a CGA tamb�m colheu o depoimento do secret�rio de Log�stica e Transportes, Duarte Nogueira. O tucano disse ter negado todas as acusa��es e marcou para hoje uma oitiva na Pol�cia Civil para prestar esclarecimentos sobre as den�ncias.


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