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Estado de Minas

Tucanos e petistas tem estrat�gias diferentes para disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte

De um lado, tucanos trabalham para liquidar a fatura no primeiro turno na disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte. De outro, petistas incentivam aliados a lan�ar candidaturas


postado em 15/02/2016 00:12 / atualizado em 15/02/2016 09:21

Enquanto tucanos trabalham para polarizar a disputa � Prefeitura de Belo Horizonte com o tradicional campo advers�rio, petistas vislumbram estrat�gia inversa, estimulando o lan�amento de aliados. A primeira linha estrat�gica mira na expectativa de uma disputa r�pida, encerrada em primeiro turno. A outra procura empurrar a decis�o para o segundo turno, apostando que sem uma “candidatura natural” e com votos dispersos em v�rios postulantes n�o haver� vit�ria antecipada. Como os prazos para mudan�as partid�rias se alargaram at� 2 de abril – e a janela da infidelidade convida entre 18 de fevereiro e 19 de mar�o deputados insatisfeitos a saltarem as cercas de suas respectivas siglas –, muitos candidatos potenciais ainda definem se migrar�o de legenda. S� far�o isso depois que os velhos combatentes, atentos aos movimentos rec�procos, derem o dif�cil primeiro passo: ser�o muitos ou poucos candidatos?. Os dados foram lan�ados.


A reedi��o ou n�o da alian�a entre socialistas e tucanos � a defini��o que mais vai provocar desdobramentos no campo petista-peemedebista. Mas esse � um assunto que o prefeito Marcio Lacerda (PSB) tem evitado. “N�o h� como, neste cen�rio pol�tico vol�til, fazer previs�es cinco meses antes das conven��es”, argumenta. Mas, na dire��o nacional do PSB, a conversa � mais pragm�tica: o importante � ganhar a elei��o, e o partido vai acompanhar o passo a passo da disputa na mais importante capital brasileira que hoje dirige. O cen�rio em que o partido faz coliga��o com o PSDB � considerado “ideal”, desde que a cabe�a da chapa saia de um consenso costurado por Lacerda, a quem acredita-se, caberia o protagonismo da pr�pria sucess�o. � nesse particular, contudo, que as conversas tucano-socialistas se complicam.

Mirando em seu pr�prio perfil e apostando no desgaste da atividade p�blica, Lacerda defende para o cabe�a da chapa um quadro mais t�cnico do que de carreira na pol�tica. Neste momento, estuda a viabilidade eleitoral de nomes do PSB, que se ainda n�o s�o filiados est�o prestes a faz�-lo: Paulo Brant, diretor-presidente da Cenibra, engenheiro civil e economista de carreira do BDMG; o executivo Wilson Brumer, desde 2012 c�nsul do Jap�o; e Josu� Valad�o, secret�rio municipal de Obras e Infraestrutura. “Coliga��o com o PSDB desejamos, mas s� se for em torno de projeto vencedor”, avisa um socialista da dire��o nacional, que descarta especula��es em torno de um acordo “branco” com o governador Fernando Pimentel (PT) na sucess�o da capital. “Essa hip�tese n�o est� no conjunto de cen�rios considerados por Lacerda”, sustenta o socialista.

BARGANHA POL�TICA Do lado tucano, cautela e caldo de galinha na abordagem com Marcio Lacerda n�o faltar�o. A reedi��o da alian�a com o socialista � considerada “diretriz central” para a recupera��o do terreno pol�tico em Minas. Tucanos oferecem a Lacerda a candidatura ao Pal�cio Tiradentes ou a candidatura ao Senado Federal em 2018. Mas insistem em uma defini��o “partilhada” da chapa majorit�ria, encabe�ada por um nome que, se n�o est� no PSDB, a ele deve se filiar.

Diferentemente de Lacerda, os tucanos querem sim, o retorno de pol�ticos aos cargos de dire��o. “A sa�da t�cnica encontrar� resist�ncia. � preciso recuperar o espa�o da pol�tica; a capacidade de articula��o e negocia��o t�o necess�rias neste momento de crise”, afirma o deputado federal Marcus Pestana (PSDB), lembrando que o senador e presidente nacional do PSDB A�cio Neves e Marcio Lacerda v�o costurar uma solu��o. “Mas os candidatos tamb�m precisam ajudar”, acrescenta ele.

E s�o muitos candidatos com pouca disposi��o para abrir m�o da disputa. O vice-prefeito D�lio Malheiros (PV) � um deles. Depois de ter desistido de sua candidatura em 2012 para compor a chapa com  Lacerda, Malheiros quer concorrer � PBH. Teve convite para se filiar ao PSDB. Mas se o seu nome n�o se viabilizar na negocia��o com o prefeito, pretende concorrer pelo PV. “Venho desde 2008 construindo a minha candidatura. Se ser� pelo PV ou pelo PSDB, a conversa ainda ter� outros cap�tulos”, afirma. No PDT, tamb�m o deputado estadual Sargento Rodrigues, que integra o bloco de oposi��o ao governo Pimentel, anuncia que n�o vai retroceder. “Se n�o for poss�vel ter o apoio de A�cio e Lacerda, a quem sempre apoiamos, em algum momento da disputa vamos convergir”, sustenta o pedetista. No DEM, o deputado estadual Gustavo Corr�a quer concorrer. J� no PSDB, h� outros nomes: o deputado estadual Jo�o V�tor Xavier postula a indica��o, mas os deputados estadual Jo�o Leite e federal Paulo Abi-Ackel s�o igualmente lembrados. Em meio � diversidade das candidaturas no campo de influ�ncia tucano-socialista, o ex-governador Alberto Pinto Coelho (PP), tamb�m disposto a migrar para o PSDB, aposta em ser o tertius. “Mais do que nunca, temos de buscar a converg�ncia, porque a elei��o em BH ser� a vitrine em �mbito nacional. N�o podemos errar”, afirma Alberto Coelho.

‘M�LTIPLOS PALANQUES’ Com a estrat�gia de incentivar aliados a se lan�arem na disputa � Prefeitura de Belo Horizonte,  Fernando Pimentel enumera nomes no PMDB, do PCdoB e do PSD. E, embora no PT a orienta��o seja no sentido de desestimular a candidatura pr�pria, o deputado federal Reginaldo Lopes resolveu se jogar na briga. “Vamos ter m�ltiplos palanques”, avisa ele, que, em princ�pio, cultivava o projeto de disputar o Senado Federal em 2018. Se n�o houver um petista concorrendo � PBH, a tend�ncia � que, por in�rcia, a legenda se coligue ao PMDB. E l�, o processo de escolha passa pelos deputados federais Leonardo Quint�o e Rodrigo Pacheco e pelo secret�rio de Estado do Meio Ambiente, S�vio Souza Cruz.

Em uma posi��o “h�brida”, que lhes permite transitar entre tucanos e petistas, est�o  o deputado federal Eros Biondini (PTB) e o presidente da C�mara Municipal, Wellington Magalh�es, e presidente estadual do PTN. O primeiro, em 2012, tamb�m desistiu de sua candidatura para apoiar Marcio Lacerda. “Meus segmentos me cobram a minha candidatura”, diz, referindo-se principalmente � Renova��o Carism�tica da Igreja Cat�lica, que representa. J� Magalh�es planeja candidatura pela federa��o de legendas nanicas integrada pelo PTN, PSDC, PSC e PMN. Prestes a receber em seu partido a filia��o do deputado federal Marcelo �lvaro Ant�nio, que deixar� esta semana o PRP, Magalh�es poder� lan�ar a candidatura do deputado ou negociar o apoio a um dos dois campos, para que ele pr�prio seja o candidato a vice.

 


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