
Em dezembro passado, o vice-presidente enviou � presidente da Rep�blica uma carta com reclama��es do tratamento dado pelo governo ao PMDB, o que gerou desgaste com o Pal�cio do Planalto em meio ao movimento da oposi��o pelo afastamento da presidente.
Ao lado de lideran�as nacionais do PMDB, Temer esteve na capital mineira para pedir apoio � sua reelei��o como presidente do partido em evento com cerca de 500 correligion�rios da legenda. Horas depois, sua comitiva viajou para Vit�ria (ES). Os peemedebistas mineiros entregaram ao vice documento de apoio � sua reelei��o assinado por todos os delegados da sigla que votar�o no pr�ximo dia 19.
Um dos assuntos da agenda de segunda-feira foi a inten��o de o partido lan�ar candidato � disputa presidencial em 2018. "Dizer que o PMDB n�o tem poder pol�tico? Tem. Temos maior n�mero de prefeitos, vereadores, deputados estaduais, deputados federais, senadores, a presid�ncia da C�mara, a presid�ncia do Senado, modestamente, a Vice-Presid�ncia da Rep�blica. Temos poder pol�tico. Mas precisamos � da Presid�ncia da Rep�blica em 2018", disse Temer em discurso para os correligion�rios.
'Em cima do muro'
Antes do encontro, na porta do hotel onde a reuni�o foi realizada em Belo Horizonte, dez pessoas fizeram protesto contra a presidente Dilma Rousseff e o pr�prio partido com faixa que dizia: "PMDB: Puxadinho do PT". Nos discursos, dirigentes do partido refor�aram a mensagem. "Precisamos deixar de ser o partido da governabilidade para ser o partido que vai governar o Pa�s", afirmou o secret�rio-geral do PMDB nacional, deputado federal Mauro Lopes (MG).
Para o presidente da Funda��o Ulysses Guimar�es, Moreira Franco, que j� foi ministro da Assuntos Estrat�gicos da Presid�ncia da Rep�blica e tamb�m ministro da Secretaria de Avia��o Civil no governo Dilma, o PMDB n�o participa das decis�es pol�ticas do Pa�s. Para o ex-ministro, o partido precisa "sair de cima do muro".
O presidente estadual da sigla, o vice-governador Ant�nio Andrade, afirmou "n�o entender o que se passa no governo federal". O peemedebista alegou que o "jogavam contra" Michel Temer quando o vice atuava como articulador do governo. "Parece que n�o queriam o seu sucesso."
Ao final do encontro em Belo Horizonte, com Temer j� se despedindo, um correligion�rio do PMDB Afro interpelou o vice-presidente do fundo do audit�rio e pediu que citasse o trabalho desenvolvido pelo grupo. At� aquele momento, depois de citar v�rias alas da legenda, ningu�m da c�pula do partido havia feito men��o ao movimento negro que integra o partido. Temer atendeu ao pedido e, na sa�da, parou para fazer fotos com o representante do grupo.
'Dificuldade'
Em Vit�ria, a sucess�o presidencial de 2018 voltou a ser assunto da agenda do vice-presidente. "Precisamos revelar toda hist�ria do PMDB aos brasileiros. Se n�o fosse nosso partido, no passado n�o ter�amos feito o Plano Real e o Brasil n�o teria sa�do da crise no passado, por exemplo. Ser� uma elei��o dif�cil, mas temos que mostrar a que viemos e ir n�o ir s� atr�s de votos", ressaltou o peemedebista durante evento com representantes e militantes do partido no Esp�rito Santo.