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Estado de Minas

Aliados de Picciani dizem que Cunha � 'tadinho' e que v�o lhe 'estender a m�o'


postado em 17/02/2016 09:19 / atualizado em 17/02/2016 09:57

Bras�lia - A movimenta��o de carros que chegavam e partiam era intensa no final da noite dessa ter�a-feira, 16, diante do pr�dio funcional em que mora o deputado Washington Reis (PMDB-RJ), em Bras�lia. Deputados chegavam para jantar, mas sa�am correndo a cada an�ncio de vota��o nominal no plen�rio da C�mara.

O presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), prolongou a sess�o de vota��o da Medida Provis�ria que autoriza bancos p�blicos a comprar participa��es em outros bancos e empresas at� o fim da noite, o que impediu a reuni�o simult�nea de todos os que se dizem apoiadores da candidatura do atual l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani (RJ), que tentar�, na tarde desta quarta-feira, 17, ser reconduzido ao cargo.

Cunha, que apoia o advers�rio de Picciani, Hugo Motta (PB), foi o principal assunto da noite. "Ele � terr�vel", dizia um deputado. "Cada um luta com suas armas", dizia outro resistente em acreditar que o alongamento da sess�o nada tinha a ver com impedir o jantar organizado para o ex-aliado do presidente da C�mara.

Com o vai e vem de parlamentares, conferir o n�mero de circulantes na festa tornou-se miss�o imposs�vel. A reportagem contou algo em torno de 20, mas o anfitri�o garantiu que '42 votos', incluindo o do ministro da Sa�de, Marcelo Castro, passaram por l�. A ficha do buffet contratado contava com 40 convidados. Picciani acredita que ter� entre 42 e 45 votos, enquanto Motta aposta ter entre 36 e 41 votos.

Outro ministro peemedebista, Celso Pansera (Ci�ncia e Tecnologia) tamb�m passou por l�. Pansera queria voltar � C�mara temporariamente, como Castro, mas seu suplente, Jos� Nalin (RJ), pediu para votar e garantiu apoio a Picciani. Pansera concordou.

Em meio a salgados de entrada, fil� mignon ao molho madeira, camar�o na ab�bora, rondelli de queijo e presunto, sucos, refrigerantes, �gua, cerveja e vinho, deputados faziam contas e se diziam tranquilos, j� cantando vit�ria e contando a adega. "Mandei mais de 20 garrafas", dizia um deputado que, na madrugada, sentado a uma mesa com a toalha branca manchada de bebida, reclamava que o vinho tinto havia acabado.

Enquanto comiam pudim de leite condensado, pudim de clara e mousse de chocolate, deputados distraiam-se com can��es de Wando no Youtube - "Gostosa" e "Safada" eram os cl�ssicos executados no celular. Quando os v�deos acabaram, a artilharia voltou-se para Eduardo Cunha mais uma vez.

"O problema do Eduardo � que ele n�o tem limite", dizia um deputado. "Depois, vamos ajudar ele, tadinho", completava outro. "Ele est� precisando que estendam a m�o para ele", afirmou um parlamentar descrente de que, se derrotado, Cunha ter� for�as para retaliar aqueles que ficaram com Picciani.

Durante essas manifesta��es, Picciani n�o estava na sala. J� passava de 1h desta quarta-feira, e ele estava recolhido fazendo liga��es. Os que se reuniram com o deputado fluminense antes que ele pegasse o telefone faziam contas, mas se atrapalhavam, depois de alguns drinques, com os n�meros. "Com Marcelo (Castro) a bancada fica com 70 (deputados)", afirmou um deputado. "Setenta e um", dizia outro. "Setenta e um s� se Eduardo votar", ironizava outro fazendo trocadilho com o n�mero 171, artigo do C�digo Penal referente a estelionato.

Os convidados partiram, mas, mesmo j� passando de 1h30, Picciani continuava ao telefone. Antes, relatara que n�o queria se demorar por causa dos compromissos desta manh�. A previs�o era de que gravasse o programa de TV do PMDB logo cedo e, depois, disse que ainda tinha "um voto indeciso para conversar (converter)."

Mais cedo, na C�mara, aliados de Hugo Motta tamb�m se diziam confiantes na vit�ria e informaram que n�o haveria nenhum jantar de apoio a ele na noite de ter�a.


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