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Estado de Minas

Delc�dio afirma que vai evitar o 'revanchismo'


postado em 22/02/2016 09:37 / atualizado em 22/02/2016 10:29

Senador Delcídio do Amaral(foto: Geraldo Magela/Agência Senado )
Senador Delc�dio do Amaral (foto: Geraldo Magela/Ag�ncia Senado )
Bras�lia - O senador Delc�dio Amaral (PT-MS) disse a interlocutores, no fim de semana, que n�o far� acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico. Solto na sexta-feira, 19, por decis�o do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki, que revogou sua pris�o preventiva, Delc�dio destacou que s� pretende se defender na Justi�a e no Conselho de �tica do Senado.

"Vou reescrever minha hist�ria sem revanchismo", afirmou o senador a amigos. Delc�dio era l�der do governo at� o dia 25 de novembro, quando foi preso sob acusa��o de tentar obstruir as investiga��es da Opera��o Lava-Jato. "Quero virar essa p�gina", insistiu ele.

Nem mesmo a expuls�o do PT, tida como certa, e as restri��es impostas por Teori - como a obrigatoriedade de ficar em pris�o domiciliar � noite e nos dias de folga - desanimam Delc�dio. O que ele quer � manter o mandato e far� de tudo para isso. Como senador, Delc�dio tem foro privilegiado e seu processo penal tramita no Supremo. Se perder o foro, o caso ser� transferido para a Justi�a Federal do Paran�, onde est� o juiz S�rgio Moro, que responde pelas a��es da Lava-Jato.

"Tudo o que o senador deseja � se concentrar na sua defesa", comentou o advogado Maur�cio Silva Leite. "Ele n�o fez acordo de dela��o e isso nem teria cabimento porque tal instituto � incompat�vel com a atividade parlamentar e com a defesa no Conselho de �tica. Esta hip�tese � absurda", refor�ou o advogado Lu�s Henrique Machado, que tamb�m o defende.

Ren�ncia

O PT vai pressionar Delc�dio a renunciar � presid�ncia da Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE), sob o argumento de que ele deve se concentrar na salva��o de seu mandato e no processo penal que enfrenta. Na pr�tica, por�m, o partido e o Pal�cio do Planalto n�o desejam no comando de uma das principais comiss�es do Senado um pol�tico sob julgamento, denunciado pela Procuradoria-Geral da Rep�blica.

Mais da metade da bancada do PT subscreveu na semana passada um pedido de substitui��o de Delc�dio por Gleisi Hoffmann (PR) na presid�ncia da CAE. Entretanto, os petistas agem com cautela porque temem que, apesar das negativas, ele ainda possa fazer dela��o premiada e piorar ainda mais a crise do partido e do governo.

Em fam�lia

Delc�dio passou o fim de semana com a mulher, Maika, duas de suas tr�s filhas e a m�e, Rosely, em Bras�lia. "O que eu mais quero � ficar quieto, com minha fam�lia", disse.

Abatido, rabiscou algumas linhas do pronunciamento que pretende fazer amanh� na tribuna do Senado, no qual dir� que foi v�tima de uma grava��o feita "sorrateiramente" por Bernardo Cerver�, filho do ex-diretor da Petrobr�s Nestor Cerver�. Esta tamb�m foi a linha da defesa apresentada ao Conselho de �tica, onde PPS e Rede pedem a cassa��o de seu mandato por quebra de decoro parlamentar.

Para o senador, Bernardo s� gravou o di�logo porque viu ali a chance de conseguir um acordo de dela��o premiada para o pai. Na manifesta��o enviada ao Conselho de �tica, Delc�dio disse que men��es feitas sobre sua influ�ncia pol�tica no Supremo n�o passaram de bravata.

A defesa de Delc�dio estuda ainda entrar com novo recurso ao Supremo pedindo explica��es sobre "detalhes" da decis�o de Teori, como a proibi��o imposta ao senador de conversar com outros investigados e a obrigatoriedade de recolhimento noturno. Na avalia��o de advogados, a decis�o pode prejudicar atos inerentes ao mandato, uma vez que o Senado abriga outros 13 parlamentares investigados na Lava Jato, entre os quais o presidente da Casa, Renan Calheiros (PMDB-AL), e h� vota��es at� tarde da noite.


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