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Estado de Minas

Mulher de Jo�o Santana confessa � PF conta n�o declarada


postado em 24/02/2016 20:49 / atualizado em 24/02/2016 20:55

A mulher do marqueteiro Jo�o Santana, M�nica Moura, confessou � Pol�cia Federal, em depoimento de mais de quatro horas, nesta quarta-feira, 24, em Curitiba, o uso da conta n�o declarada em nome da offshore Shellbill Finance SA, mas negou o recebimento de recursos il�citos por ela e desvinculou os valores de recebimentos por campanhas eleitorais no Brasil.

"A M�nica, que foi a �nica ser ouvida hoje, conseguiu demonstrar cada movimenta��o dessa conta, cada movimenta��o dos recursos no exterior", afirmou o criminalista F�bio Tofic, defensor do casal de marqueteiros do PT presos pela Opera��o Acaraj� - 23ª fase da Lava Jato. Os dois s�o suspeitos pelo recebimento de pelo menos US$ 7,5 milh�es, entre 2012 e 2014, de dinheiro fruto do esquema de corrup��o na Petrobras. Os valores foram parar na conta da Shellbill, ocultas no banco Heritage, na Su��a.

"Est� claro que a M�nica e o Jo�o est�o presos por manuten��o de conta n�o declara no exterior. Um crime pelo qual n�o existe uma pessoa presa nesse Pa�s. N�o vou dizer que � um crime leve, mas � um crime que n�o enseja a pris�o de qualquer cidad�o", afirmou Tofic, ao deixar o pr�dio da Superintend�ncia da PF, em Curitiba.

Legal

Segundo o defensor, M�nica explicou que o casal recebeu "recursos l�citos pelo trabalho honesto que fizeram ao longo de anos". "N�o s�o lavadores de dinheiro, n�o s�o corruptos e nunca tiveram contrato com o poder p�blico, gostem ou n�o dos clientes deles", disse o criminalista.

A mulher de Santana afirmou aos delegados da Lava Jato que os recursos n�o envolvem dinheiro de campanha no Brasil. "Os recursos s�o l�citos e n�o envolvem dinheiro de campanha brasileira", completou Tofic.

Para a Lava Jato, h� elementos para apontar que os recursos movimentados e n�o declarados por Santana e pela mulher podem ter rela��o com o esquema de propina, controlado pelo PT, PMDB e PP, na Petrobras e que a fortuna de mais de R$ 70 milh�es do casal est� diretamente relacionada aos servi�os prestados ao partido e �s suas campanhas.

"O depoimento dela � clar�ssimo, detalha tintim por tintim e n�o deixa d�vida. De modo que agora, a menos que a ideia da pol�cia e do Minist�rio P�blico seja usar o depoimento para comprovar uma teoria preconcebida, o que se espera � que essa pris�o seja revogada."

Tofic disse que vai apresentar um pedido para que seja revogada a pris�o do casal. "N�o existe nenhum elemento que sustente hoje a teoria que foi criada pela pol�cia e pelo Minist�rio P�blico de que esses recursos seriam provenientes de corrup��o, de que eles saberiam que � proveniente de corrup��o ou de campanhas brasileiras."

Tofic reclamou que o "depoimento foi riqu�ssimo" mas ficou reduzido a "tr�s p�ginas". "Foi extremamente detalhado. Foi um depoimento rico em detalhes, nos prometeram que era um depoimento que estava sendo gravado, o que nos encheu de conforto, porque o depoimento gravado consegue demonstrar a riqueza de detalhes que foi dada. Ao final do depoimento, essa not�cia de que estava sendo gravado n�o foi confirmada, o que nos encheu de surpresa."

O depoimento de Jo�o Santana est� marcada para a manh� desta quinta-feira.


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