S�o Paulo, 25 - Foi aprovado na manh� desta quinta-feira, 25, por vinte votos a sete, o relat�rio final da Comiss�o de Inqu�rito Parlamentar (CPI) do BNDES, no �ltimo dia de funcionamento da CPI. Apesar dos protestos da oposi��o, o texto do relator Jos� Rocha (PR-BA) n�o contemplou indiciamentos. Rocha optou por recomendar mudan�as na gest�o no banco de modo a aumentar o controle sobre empr�stimos e prop�s o envio do documento ao Minist�rio P�blico Federal, Tribunal de Contas da Uni�o e � Controladoria-Geral da Uni�o para provid�ncias.
Na quarta-feira, 24, foram apresentados tr�s votos separados dos deputados Arnaldo Jordy (PPS-PA), S�rgio Vidigal (PDT-ES) e Alexandre Baldy (PSDB-GO). A oposi��o sugeriu o indiciamento do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva; de Jos� Carlos Bumlai, empres�rio; de Luciano Coutinho, presidente do BNDES; de Taiguara Rodrigues dos Santos, sobrinho da primeira mulher do ex-presidente Lula; e de Benedito de Oliveira, empres�rio conhecido como "Ben�". A justificativa s�o supostos ind�cios de crimes de gest�o temer�ria e improbidade administrativa no BNDES.
"N�o h� elementos para indiciamentos, a n�o ser not�cias da imprensa e documentos recebidos pela CPI. E eu estaria sendo parcial se indiciasse pessoas que n�o foram ouvidas pela CPI, ouvindo apenas o lado da acusa��o", explicou Rocha, que n�o acatou as sugest�es da oposi��o.
O deputado Carlos Zarattini (PT-SP), l�der do PT na CPI, concordou com a decis�o e disse que os pedidos de indiciamento s�o pol�ticos e n�o est�o embasados em qualquer prova de irregularidade. "N�o h� ind�cio de que Lula ou diretores do BNDES tenham favorecido empresas ou causado preju�zos ao banco", disse. Para ele, a CPI n�o conseguiu demonstrar preju�zo decorrente dos financiamentos feitos ao grupo JBS ou � empresa de Bumlai.
J� o vice-presidente da Comiss�o, Miguel Haddad (PSDB-SP), disse que o governo tenta "defender o indefens�vel" e "distorcer os argumentos". "Todos n�s da oposi��o preservamos a institui��o do BNDES, mas isso n�o significa identificarmos uma s�rie de ind�cios e n�o investigarmos os fatos. Isso � essencial. A CPI foi amputada, n�o se permitiu que trabalhasse. N�s n�o ouvimos os principais atores. O relat�rio � excepcional, mas o desfecho � ruim."
Ap�s mais de 200 dias de apura��o, a CPI investigou poss�veis irregularidades no Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) entre 2003 e 2015, relacionadas � concess�o de empr�stimos suspeitos e prejudicais ao interesse p�blico.