O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que a Pol�cia Federal realize dilig�ncias para investigar a suposta pr�tica de crime de les�o corporal praticado pelo secret�rio executivo da prefeitura do Rio de Janeiro, Pedro Paulo Carvalho.
No pedido de investiga��o feito ao STF e autorizado por Fux, o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, pede depoimentos da ex-mulher do secret�rio, de uma empregada do casal que teria presenciado as agress�es e do respons�vel pelo laudo do exame de corpo e delito feito na ocasi�o.
Duas ocorr�ncias foram registradas por agress�o a Alexandra, em 2008 e 2010. Os registros de agress�o apontam que Pedro Paulo Carvalho deu socos no rosto e corpo da ex-mulher. Em fevereiro de 2010, Alexandra registrou a ocorr�ncia, que consta no inqu�rito instaurado inicialmente pela Policia Civil no Rio de Janeiro. No documento, registrou que Pedro Paulo "a jogou na parede e depois no ch�o, agarrando-a pelo pesco�o e sacudindo-a". Ela disse ainda ter sido agredida uma segunda vez, mas registrado o ocorrido em S�o Paulo.
Por ser deputado licenciado, o caso foi encaminhado pelo Minist�rio P�blico do Estado do Rio para a PGR. S�o documentos sobre a agress�o em 2010 praticada contra Alexandra no apartamento do casal no Rio. Desde ent�o, Carvalho e Alexandra est�o separados.
Janot destacou que Alexandra j� fez "sucessivas modifica��es" de sua vers�o da hist�ria e quer ouvi-la sobre o caso. Al�m disso, segundo ele, as declara��es da empregada da casa s�o "diametralmente opostas" � �ltima vers�o da ex-mulher do secret�rio.
"Inicialmente, a v�tima buscou as autoridades para relatar agress�es sofridas e at� mesmo postular a concess�o de medidas protetivas. (...) Relatando haver sofrido chutes, socos nos olhos e na boca, al�m de agress�es morais. Anos depois, Alexandra procurou o Minist�rio P�blico do Rio de Janeiro e afirmou que 'o final do relacionamento entre a declarante e Pedro Paulo se deu por epis�dio de infidelidade, redundando em agress�es rec�procas'. Posteriormente, ap�s os autos chegarem � PGR, a v�tima tornou-se a agressora. Esse giro radical precisa ser bem esclarecido, inclusive porque � crime p�nico com reclus�o de 2 a 8 anos", escreveu o PGR.
Desde que veio � tona das not�cias sobre a agress�o, a ex-mulher participou de um encontro com a imprensa e minimizou o caso. Os dois j� assumiram as agress�es.
Em uma das coletivas a jornalistas, o secret�rio questionou: "Quem n�o tem uma briga, um descontrole, quem n�o exagera numa discuss�o? A gente �s vezes exagera, fala coisas que n�o deve. Quem n�o tem essas discuss�es e perde o controle? A gente perde o controle e tem discuss�es".