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Estado de Minas

Executivo da OAS pediu para 'apressar' cozinha no triplex diz testemunha


postado em 26/02/2016 09:28

O engenheiro Armando Dagre, s�cio da Talento Construtora, declarou � for�a-tarefa da Opera��o Lava-Jato, em Curitiba, que identificou "uma certa intimidade" entre o empreiteiro L�o Pinheiro, da OAS, e a ex-primeira-dama Marisa Let�cia em um dia de setembro de 2014 quando ambos fizeram uma visita �s obras do triplex 164-A no Condom�nio Solaris, Guaruj�.

Em depoimento prestado na ter�a-feira, 23, a dois procuradores do Minist�rio P�blico Federal que investigam se Lula recebeu favores da OAS por meio da reforma do apartamento no litoral paulista, o engenheiro relatou que um executivo da empreiteira, Paulo Gordilho, e o filho mais velho de Lula, F�bio, acompanhavam L�o Pinheiro e a mulher do ex-presidente.

Armando Dagre contou que estava reunido com engenheiros da OAS para uma vistoria no im�vel quando chegaram Marisa, Gordilho e L�o Pinheiro - este preso na Lava-Jato e condenado a 16 anos de pris�o por corrup��o e lavagem de dinheiro.

Segundo o engenheiro, ap�s ouvir a informa��o de que a obra estava praticamente pronta, Gordilho teria dito. "Ent�o precisamos apressar a instala��o da cozinha."

O s�cio da Talento Construtora - subcontratada da OAS para a reforma do triplex do Guaruj� - j� havia feito um primeiro depoimento sobre o caso, mas no �mbito do Minist�rio P�blico Estadual de S�o Paulo.

Nessa ocasi�o Armando Dagre disse que o contrato com a OAS incluiu novo acabamento, al�m de uma outra piscina, mudan�a da escada e instala��o de elevador privativo que custou R$ 62,5 mil. O custo global ficou em R$ 777 mil.

Ele disse que n�o teve nenhum contato com Lula, apenas com Marisa Let�cia, naquele dia, no apartamento do Guaruj�. "A reuni�o estava se desenvolvendo antes de L�o Pinheiro e dona Marisa chegaram. O prop�sito do encontro era para verificar o cronograma da obra."

� for�a-tarefa da Lava-Jato, Dagre confirmou o que havia declarado � Promotoria de S�o Paulo, inclusive a informa��o de que a ex-primeira-dama animou-se com a vista para a praia das Ast�rias.

Segundo Armando Dagre, "quem comentava mais sobre a obra eram os engenheiros da OAS". Ele apontou Paulo Gordilho. "Conhecia mais a obra que o pr�prio L�o Pinheiro."

Em sua edi��o de 20 de fevereiro, a revista Veja publicou mensagens trocadas pelo WhatsApp entre L�o Pinheiro e Gordilho que, na avalia��o da Lava-Jato, refor�am suspeitas de liga��o do ex-presidente e sua mulher com o triplex.

Os textos, de fevereiro de 2014, resgatados pelos peritos da Pol�cia Federal, indicam que Gordilho e L�o Pinheiro, este ainda na presid�ncia da OAS, estavam empenhados em concluir projeto de instala��o de cozinha que, na avalia��o dos investigadores, seria a do apartamento no Solaris. Os investigadores sup�em, ainda, que as mensagens fazem refer�ncia ao s�tio Santa B�rbara, em Atibaia (SP).

"O projeto da cozinha do chefe est� pronto. Se (puder) marcar com a Madame pode ser a hora que quiser", escreveu Gordilho. "Amanh� �s 19 hs vou confirmar, seria bom tb ver se o do Guaruj� est� pronto", respondeu L�o Pinheiro. "O do Guaruj� est� pronto" devolveu Gordilho. "Em princ�pio, amanh� �s 19 hs", anotou L�o Pinheiro.

Os investigadores consideram que "chefe" � uma refer�ncia a Lula e "Madame" uma cita��o a Marisa Let�cia.

L�o Pinheiro foi preso pela Pol�cia Federal em novembro de 2014, na Opera��o Ju�zo Final, etapa da Lava-Jato que pegou alguns dos maiores construtores do Pa�s como integrantes de um cartel que se apossou de contratos bilion�rios da Petrobras entre 2004 e 2014. O empreiteiro foi condenado a 16 anos e quatro meses de reclus�o por corrup��o ativa e lavagem de dinheiro.

Em 2006, quando se reelegeu presidente, Lula declarou � Justi�a eleitoral possuir uma participa��o em cooperativa habitacional no valor de R$ 47 mil. A cooperativa � a Bancoop, que, com graves problemas de caixa, repassou o empreendimento para a OAS. A Pol�cia Federal e a Procuradoria da Rep�blica suspeitam que a empreiteira pagou propinas a agentes p�blicos em troca de contratos fraudados na Petrobras.


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