Uma semana ap�s ser solto da pris�o, o senador Delc�dio Amaral (PT-MS) enviou carta na sexta-feira para os 80 senadores negando que tenha feito "amea�as e constrangimentos" aos seus colegas para evitar eventual cassa��o de seu mandato parlamentar, como chegou a ser veiculado por alguns �rg�os da imprensa.
"Tais not�cias s�o falsas e delirantes! N�o condizem com minha conduta de homem e de parlamentar", afirma Delc�dio na carta. "Jamais fiz ou farei amea�as a qualquer pessoa. Em momento algum os signat�rios dessas not�cias procuraram a mim ou a meus advogados para checarem as informa��es publicadas. Tal conduta, temer�ria e leviana, fere os princ�pios do bom jornalismo e merece o meu rep�dio veemente", emendou.
Na carta, Delc�dio diz que seu encarceramento, durante 86 dias, o afastou temporariamente da vida familiar, social e pol�tica, mas "n�o me exonerou da coer�ncia e da raz�o". "Seria falso dizer que a injusti�a n�o fere, testa a nossa for�a debilitando o corpo e atormetando o esp�rito, por�m, essas prova��es n�o dobraram meu car�ter", afirma.
No texto, o senador diz ainda que "�dio e revanchismo n�o ocuparam minha imagina��o". "Mantive a serenidade e permane�o fiel aos meus princ�pios morais que n�o foram depreciados ou abalados". Segundo informou ao Broadcast a assessoria de imprensa de Delc�dio, ele mesmo redigiu o texto e pediu para que os funcion�rios de seu gabinete digitassem. Depois de pronto, ele assinou a m�o cada uma das 80 cartas.
Com a carta, Delc�dio quer convencer os outros senadores a votarem contra a cassa��o de seu mandato pelo Conselho de �tica do Senado, pedida em representa��o protocolada pela Rede e PPS, com apoio do DEM e PSDB. Caso perca o mandato, ele perder� o foro privilegiado e, com isso, seu processo ser� remetido ao juiz federal S�rgio Moro, respons�vel pela Lava Jato na primeira inst�ncia.
Delc�dio foi preso em novembro de 2015 acusado de tentar atrapalhar as investiga��es da Opera��o Lava Jato. O senador ficou 86 dias preso em Bras�lia, quando ficou afastado do mandato, mas continuou recebendo sal�rios e benef�cios. Por conta da pris�o, o parlamentar foi suspenso do PT. Ele ainda n�o retornou �s atividades no Senado, pois pediu licen�a por 15 dias para tratamento m�dico.