As coisas continuam como est�o na PF, diz novo ministro da Justi�a

O novo ministro da Justi�a, Wellington C�sar Lima e Silva, disse que n�o vai trocar o diretor-geral da Pol�cia Federal, Leandro Daiello. Em entrevista exclusiva ao jornal O Estado de S. Paulo nesta ter�a-feira ele afirmou que teve "uma conversa muito boa" com Daiello. "O sinal foi tranquilo, de perman�ncia. As coisas continuam como est�o (na PF)", afirmou.

Ele falou rapidamente com a reportagem, no intervalo de uma s�rie de reuni�es que mant�m no Minist�rio da Justi�a desde ontem. Informou que, quando se candidatou ao posto de procurador-geral do Estado da Bahia, ficou em terceiro lugar na lista tr�plice e, ap�s conversa de todos os candidatos com o ent�o governador Jaques Wagner, hoje ministro-chefe da Casa Civil, acabou sendo o escolhido. Na recondu��o, ficou em primeiro lugar com a maior vota��o da hist�ria.

Apesar de especula��es de que ele poderia chamar para o comando da Pol�cia Federal, Maur�cio Barbosa, atual secret�rio de Seguran�a P�blica na Bahia, o novo ministro disse que "n�o considerou nenhuma hip�tese ainda". "A minha ideia inicial � avaliar todos os quadros do minist�rio e fazer os ajustes." Questionado novamente se Daiello ficar� no posto, ele afirmou que "pretende mant�-lo". "Disse a ele que palavra de ordem � trabalhar normalmente", reiterou. C�sar Lima afirmou ainda que o diretor da PF � um servidor da maior qualidade e que teve "a melhor impress�o sobre ele".

O novo ministro ressaltou que, "at� onde sabe", a indica��o de seu nome ao posto foi feita pelo ministro Jos� Eduardo Cardozo e n�o por Wagner, como foi aventado. E negou que o Minist�rio da Justi�a ficar� subordinado � Casa Civil. "Vou cumprir meu papel institucional onde quer que eu esteja. No Minist�rio P�blico ou no Minist�rio da Justi�a, vou cumprir meu papel institucional."

Sobre a sa�da de Cardozo em meio a cr�ticas de v�rios partidos pol�ticos, C�sar Lima afirmou que a conjuntura e as condi��es do ex-ministro s�o particulares da sua hist�ria pessoal e est�o vinculadas a essa din�mica. "A minha condi��o est� presa � minha origem constitucional. Sou uma op��o de natureza t�cnica. N�o venho da atividade, do ambiente pol�tico. E pretendo dar uma modesta colabora��o pautado sempre na observ�ncia da Constitui��o. Com respeito �s decis�es do Supremo Tribunal Federal e da Justi�a do meu Pa�s."