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Estado de Minas

Lula critica Justi�a e m�dia e ironiza suspeitas levantadas pela Lava Jato


postado em 04/03/2016 16:37

S�o Paulo, 04 - O ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 4, que a condu��o coercitiva � qual foi submetido no per�odo da manh� pela Pol�cia Federal foi "o que precisava acontecer para o PT levantar a cabe�a", embora tenha dito estar "magoado e ofendido" com a medida, que considerou fruto de "prepot�ncia" dos investigadores da Opera��o Lava Jato. O petista tamb�m fez uma s�rie de cr�ticas � imprensa e a ve�culos de comunica��o e disse merecer "respeito" como ex-presidente. Lula acrescentou que, com a condu��o coercitiva da Opera��o Aletheia, tentaram "matar a jararaca, mas n�o acertaram na cabe�a, acertaram no rabo".

"Eu fiquei magoado, ofendido, me senti ultrajado, mas isso era o que precisava acontecer para o PT levantar a cabe�a. Todo santo dia algu�m faz o partido sangrar. A partir da semana que vem, quem quiser discurso do Lula, � s� pagar a passagem de avi�o. N�o sei se serei candidato em 2018, mas essas coisas aumentam o tes�o da gente. Tentaram matar a jararaca, mas n�o acertaram na cabe�a, acertaram no rabo. A jararaca est� viva", disse Lula em entrevista coletiva concedida na sede PT, em S�o Paulo.

O petista disse que n�o se recusou a prestar depoimento espontaneamente em tr�s vezes anteriores e que a opera��o Lava Jato preferiu "lamentavelmente usar a prepot�ncia". O petista citou o juiz federal S�rgio Moro, que conduz a Lava Jato na primeira inst�ncia e autorizou a condu��o coercitiva de Lula. "O Moro n�o precisava ter mandado uma coer��o na minha casa de manh�, na casa do Delc�dio, do Paulo Okamotto, n�o precisava. Era s� ter convidado. Eu iria em Curitiba, iria a Bras�lia, era s� ter chamado."

Ele reiterou n�o ter liga��o com qualquer irregularidade. "Se encontrarem um real de desvio no meu bolso, eu n�o mere�o estar neste partido", afirmou.

O ex-presidente tamb�m pediu desculpas � mulher, Marisa Let�cia, que n�o foi alvo de mandado de condu��o coercitiva, � fam�lia e aos amigos e assessores que foram envolvidos na opera��o desta sexta. "Virou uma coisa perigosa hoje ser amigo do Lula", ironizou.

No discurso, transmitido por sites aliados do PT, o ex-presidente criticou a imprensa pelo que considera um "espet�culo midi�tico" e disse que "hoje quem condena as pessoas s�o as manchetes". "Estou indignado com esse processo de suspei��o", disse.

Ele voltou a afirmar que n�o � dono do tr�plex no Guaruj� investigado pela opera��o e ironizou, dizendo que queria saber quem iria dar a ele um apartamento no final do processo. "Se eu n�o comprei e n�o paguei, o apartamento n�o � meu", afirmou.

O petista tamb�m disse que o s�tio em Atibaia pertence ao filho do compadre Jac� Bittar, a quem conhece a 35 anos, e ironizou as suspeitas dizendo que usa o s�tio do amigo porque nenhum inimigo oferece uma alternativa. Ele mostrou irrita��o ao falar de suspeitas de irregularidades na compra de um barco de R$ 4 mil e de pedalinhos.

Ele citou ainda a dificuldade de armazenar os presentes que ganhou durante a Presid�ncia ap�s deixar a resid�ncia oficial. "Voc�s sabem o que � sair com 11 cont�ineres da Presid�ncia sem saber onde p�r?", questionou. Os amigos t�m dito que compraram o s�tio para que suas fam�lias pudessem desfrutar e para que Lula pudesse ganhar os presentes que ganhou do povo brasileiro. A for�a-tarefa da Lava Jato diz que a OAS pagou um guarda m�veis para os pertences.

Lula tamb�m tentou afastar suspeitas de que as doa��es de empreiteiras ao seu instituto ou as palestras contratadas tenham rela��o com desvios investigados pela Lava Jato. "As empresas que me contrataram n�o trabalham apenas com a Petrobras", afirmou. A opera��o apontou repasses de R$ 30 milh�es ao instituto e � LILS Palestras por parte das principais empreiteiras investigadas pela opera��o (Odebrecht, OAS, UTC, Andrade Gutierrez, Queiroz Galv�o e Camargo Correa). O ex-presidente disse que, pelos m�ritos de seu governo, se tornou um dos palestrantes mais bem pagos do mundo, junto com o ex-presidente americano Bill Clinton. "Pessoas se preocupam comigo mas n�o questionam que a CNI (Confedera��o Nacional da Ind�stria) pagou R$ 1 milh�o para Bill Clinton", afirmou.

No discurso, interrompido v�rias vezes por palmas de militantes e dirigentes do PT, Lula tamb�m disse que Dilma Rousseff est� sendo cerceada no poder e precisa de autonomia para governar o Brasil. "Sou um homem que acredito em institui��es de Estado fortes", disse.


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