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Estado de Minas

Em nota, Moro esclarece que condu��o coercitiva de Lula: 'n�o significam antecipa��o de culpa'

Juiz repudiou confrontos entre manifestantes pr� e contra o petista, inflamadosno dia do depoimento do ex-presidente na Lava-Jato


postado em 05/03/2016 12:14 / atualizado em 05/03/2016 19:09

(foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)
(foto: F�bio Rodrigues Pozzebom / Ag�ncia Brasil)

Em meio a manifesta��es de apoio e oposi��o ao ex-presidente Lula, o Juiz S�rgio Moro divulgou, em nota oficial, explica��es a respeito da 24ª fase da Opera��o Lava-Jato deflagrada na sexta-feira, 04.

No comunicado, o Juiz Federal esclareceu que as investiga��es envolvendo Lula e que culminaram na condu��o coercitiva do petista 'n�o significam antecipa��o de culpa do Ex-Presidente'. Moro ainda repudiou os confrontos entre manifestantes pr� e contra o petista, deflagradas em decorr�ncia da condu��o coercitiva de Lula pela Pol�cia Federal.

Ap�s as buscas na casa do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) e do Instituto Lula, caber� ao juiz S�rgio Moro avaliar se os materiais recolhidos ontem pela Pol�cia Federal e pelo Minist�rio P�blico Federal confirmam o envolvimento do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) no esquema de corrup��o da Petrobras. O juiz n�o tem um prazo para apresentar a conclus�o das investiga��es, mas caso entenda que existam provas suficientes para demonstrar a participa��o do ex-presidente, Moro poder� pedir a pris�o.

Leia a nota, na �ntegra

"A pedido do Minist�rio P�blico Federal, este juiz autorizou a realiza��o de buscas e apreens�es e condu��o coercitiva do ex-Presidente Luiz In�cio Lula da Silva para prestar depoimento. Como consignado na decis�o, essas medidas investigat�rias visam apenas o esclarecimento da verdade e n�o significam antecipa��o de culpa do ex-Presidente. Cuidados foram tomados para preservar, durante a dilig�ncia, a imagem do ex-Presidente. Lamenta-se que as dilig�ncias tenham levado a pontuais confrontos em manifesta��o pol�ticas inflamadas, com agress�es a inocentes, exatamente o que se pretendia evitar. Repudia este julgador, sem preju�zo da liberdade de express�o e de manifesta��o pol�tica, atos de viol�ncia de qualquer natureza, origem e direcionamento, bem como a incita��o � pr�tica de viol�ncia, ofensas ou amea�as a quem quer que seja, a investigados, a partidos pol�ticos, a institui��es constitu�das ou a qualquer pessoa. A democracia em uma sociedade livre reclama toler�ncia em rela��o a opini�es divergentes, respeito � lei e �s institui��es constitu�das e compreens�o em rela��o ao outro.

Curitiba, 05 de mar�o de 2016."

Sergio Fernando Moro
Juiz Federal


Entenda a opera��o

A 24ª fase da Lava-Jato, batizada de Aletheia, levou coercitivamente Lula e outras 10 pessoas ligadas a ele a prestarem depoimentos. Apesar de a defesa do petista ter pedido a suspens�o da investiga��o, o Supremo Tribunal Federal negou ontem. A PF tirou Lula de casa em S�o Bernardo do Campo �s 6h e tamb�m realizou buscas no seu instituto em S�o Paulo e no s�tio que ele usava em Atibaia (SP). O petista � apontado pelo Minist�rio P�blico Federal como um dos principais benefici�rios do esquema de corrup��o na Petrobras. At� ent�o, Lula era investigado por suspeita de oculta��o de patrim�nio, segundo den�ncias envolvendo o s�tio em Atibaia e o triplex no Guaruj�. Nesta nova fase ele, ele � suspeito de lavagem de dinheiro e corrup��o. Segundo as investiga��es, R$ 30 milh�es foram pagos ao Instituto Lula e � LILS Palestras pelas empresas Camargo Correa, OAS, Odebrecht, Andrade Gutierrez e Queiroz Galv�o. A Justi�a j� haviado autorizado a quebra de sigilo de Lula, do Instituto Lula e da LILS, em 16 de fevereiro.

Lula � suspeito de ter se beneficiado com R$ 1,292 milh�o da OAS para fazer transporte e guardar itens retirados do Pal�cio do Planalto. Outro R$ 1,7 milh�o teria sa�do do instituto e da LILS para empresas que t�m como s�cios os filhos do petista F�bio Luis, Marcos Cl�udio e Sandro Luis e a nora dele, Marlene Ara�jo. H� ainda a reforma do s�tio e do triplex no Guaruj� paga pela OAS e por Jos� Carlos Bumlai. ''N�o h� nenhuma conclus�o no momento, mas os indicativos eram suficientes”, afirmou o procurador Carlos Fernandes Santos Lima, que defendeu o aprofundamento das investiga��es. Segundo o MPF, “h� evid�ncias de que Lula recebeu valores oriundos do esquema da Petrobras''. (Com informa��es de Maria Clara Prates)


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