S�o Paulo - O ex-presidente Luiz In�cio da Silva chegou � sede de seu instituto no Ipiranga, regi�o sudeste de S�o Paulo, no in�cio da tarde desta segunda-feira. Ele deve se reunir com diretores do Instituto, aliados, amigos e parlamentares para discutir estrat�gias depois de ter passado oficialmente � condi��o de investigado na Lava-Jato. O presidente do Instituto, Paulo Okamotto, os diretores Clara Ant, Celso Marcondes, Luiz Dulci e Paulo Vannuchi est�o presentes. O escritor Fernando Morais, o ex-presidente do PT-SP Paulo Frateschi e os deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Wadih Damous (PT-RJ) e o ministro da Secretaria de Comunica��o Social, Edinho Silva, tamb�m participam da reuni�o.
Para tanto, avalia-se que � importante esclarecer o epis�dio do depoimento adiado do ex-presidente ao Minist�rio P�blico de S�o Paulo. Em 17 de fevereiro, Lula iria depor no f�rum criminal da Barra Funda e um aliado - o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) - conseguiu adiar o depoimento recorrendo ao Conselho Nacional do Minist�rio P�blico. No dia 17, houve confus�o e pancadaria entre grupos pr� e contr�rios ao ex-presidente. Neste inqu�rito, conduzido pelo Minist�rio P�blico em S�o Paulo, Lula � investigado por suposta oculta��o de patrim�nio ligada � propriedade de um tr�plex no Guaruj�, no litoral paulista.
Oficialmente, a decis�o de Moro, da Justi�a Federal em Curitiba, acatou o pedido dos procuradores de levar Lula a depor coercitivamente para evitar tumulto. "Mas a popula��o ainda confunde as coisas, acha que o Lula fugiu de um depoimento para a Lava-Jato no dia 17", afirmou a fonte. "Esclarecer essa quest�o do depoimento � fundamental".
O Instituto Lula j� divulgou nota esclarecendo que o processo do dia 17 � referente a uma investiga��o do Minist�rio P�blico de S�o Paulo e n�o da Lava Jato. Tamb�m houve nota refor�ando que Lula j� dep�s tr�s vezes desde o fim do ano passado. Em outubro, dep�s ao MPF sobre palestras pagas por empreiteiras, em dezembro dep�s � Lava Jato e, em janeiro, dep�s na opera��o Zelotes, que investiga venda de medidas provis�rias.
Ainda assim, a avalia��o � de que a comunica��o precisa ser trabalhada. "Temos que dialogar com o povo brasileiro. Vamos explicar como s�o feitas as palestras, como aconteceram, em que pa�ses aconteceram. Vamos explicar o que se faz com os recursos do Instituto Lula, pra desmistificar", disse Okamotto ao chegar para a reuni�o.
O deputado Wadih Damous disse que at� aqui h� uma avalia��o "positiva" do que aconteceu na semana passada, porque a Lava-Jato "deu uma tribuna" ao Lula. "Foi positivo porque a Lava Jato cometeu um erro grav�ssimo ao cometer aquela agress�o contra o presidente, deram uma tribuna ao Lula", comentou.
O encontro tamb�m discute como rebater a manifesta��o pr�-impeachment marcada para o pr�ximo domingo, 13. Segundo Damous, por enquanto a melhor hip�tese seria n�o fazer manifesta��es contr�rias no mesmo dia. O deputado diz que a ideia � manter a manifesta��o de centrais sindicais e de movimentos populares prevista para 31 de mar�o - em uma lembran�a � data do golpe militar de 1964, com argumento de evitar um novo "golpe" contra a democracia brasileira. Outra hip�tese colocada na mesa � haver uma manifesta��o no dia 18.