
Ela ocupar� uma vaga no chamado quinto constitucional, reservado a advogados e integrantes do Minist�rio P�blico. Marianna foi a mais votada em listra tr�plice encaminhada pelo TJ ao governador.
Marianna estava entre os nomes da lista s�xtupla enviada ao TJ pela Ordem dos Advogados do Brasil no Rio de Janeiro (OAB-RJ). A candidatura provocou grande discuss�o entre os conselheiros da OAB e, em setembro de 2014, um grupo chegou a pedir impugna��o da candidatura, por falta de documentos.
No dia 25 de fevereiro deste ano, a maioria do conselho aprovou a perman�ncia de Marianna na disputa e a advogada ficou entre os seis mais votados. Em seguida, o TJ escolheu tr�s finalistas e o governador optou por Marianna, que teve 125 entre 180 votos e foi a primeira colocada. A nomea��o foi publicada no Di�rio Oficial desta ter�a-feira.
O fato de a filha de um dos onze ministros da mais alta corte do Pa�s estar entre os candidatos a desembargador gerou constrangimento entre os conselheiros da OAB. Muitos se sentiram desconfort�veis em rejeitar o nome da advogada, j� que a vota��o foi aberta.
Em abril de 2014, antes de Marianna formalizar a candidatura, o advogado S�rgio Bermudes organizou uma festa para comemorar os 60 anos do ministro e convidou os 180 desembargadores do Rio. A festa acabou cancelada.
Magistrados e advogados interpretaram a comemora��o como a largada da campanha de Fux pela escolha de Marianna, que at� agora trabalhava no escrit�rio de Bermudes. O advogado negou qualquer v�nculo da festa com a candidatura de Marianna e disse que apenas queria homenagear Fux, de quem � amigo h� 40 anos.
Ao ser escolhida para a lista s�xtupla da OAB, Marianna queixou-se de "persegui��o pol�tica" durante a disputa. "Mostrei que eu era capaz de concorrer", afirmou. A advogada foi procurada nesta ter�a-feira, por telefone, mas a informa��o � de que estava em reuni�o, sem hora para terminar.
Fux foi nomeado pela presidente Dilma Rousseff em fevereiro de 2011, com apoio do ent�o governador do Rio S�rgio Cabral (PMDB), aliado da presidente. No mesmo dia em que a filha entrou na lista da OAB, Fux autorizou abertura de inqu�rito no STF para investigar o secret�rio de Coordena��o de Governo do munic�pio do Rio, Pedro Paulo Carvalho Teixeira, por les�o corporal.
Pr�-candidato a prefeito, Pedro Paulo tem foro privilegiado por ser deputado, mesmo licenciado. A ex-mulher do secret�rio, Alexandra Marcondes, registrou queixa na pol�cia, em fevereiro de 2010, e disse ter sido agredida por Pedro Paulo durante uma briga do casal, depois de ela descobrir que tinha sido tra�da.
Em agosto do mesmo ano, Alexandra fez outro registro e disse que Pedro Paulo a perseguia e havia amea�ado "sumir" com a filha do casal. A primeira queixa de agress�o foi feita em S�o Paulo, em dezembro de 2008.
Neste ano, Alexandra apresentou nova vers�o ao Minist�rio P�blico, inclu�da na defesa de Pedro Paulo. Disse que "partiu para cima" do marido quando descobriu a trai��o e que houve agress�es m�tuas.
Apesar do desgaste de Pedro Paulo com o epis�dio, o PMDB-RJ garantiu a candidatura do secret�rio � sucess�o do prefeito Eduardo Paes.
