
O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), amea�ou processar quem insinuar que ele est� envolvido no caso de falsifica��o de documento sem provar. "Quem fizer acusa��o sem ter como provar, pode ter certeza que eu processo", avisou.
O jornal Folha de S. Paulo consultou dois peritos que atestaram a falsidade da assinatura do deputado Vin�cius Gurgel (PR-AP) em um documento encaminhado ao Conselho de �tica. Na noite da vota��o do parecer que deu continuidade ao processo disciplinar contra o presidente da C�mara, Gurgel enviou uma carta de ren�ncia ao cargo de membro titular do colegiado.
Na ocasi�o, o pr�prio l�der do PR, deputado Maur�cio Quintella Lessa (AL), assumiu a fun��o para assegurar que o voto favor�vel a Cunha fosse mantido. O parecer contra o peemedebista foi aprovado por 11 votos a 10. Mais cedo, o deputado J�lio Delgado (PSB-MG) disse na sess�o do colegiado que, se for confirmada a adultera��o da assinatura de Gurgel, pode ter ocorrido coautoria no epis�dio que classificou de "ato criminal".
Para o conselheiro, o presidente da C�mara atuou para alterar o resultado da vota��o que culminou com a aprova��o do parecer pelo prosseguimento da a��o disciplinar. "Isso � brincadeira, n�? Eu manobrei em que sentido?", questionou Cunha, ao responder que na noite daquela vota��o manteve a sess�o plen�ria at� tarde para garantir a aprova��o de uma Medida Provis�ria.
O peemedebista disse que n�o sabe se a Mesa Diretora investigar� o epis�dio porque ele, pessoalmente, n�o atua neste caso. Tamb�m n�o comentou se pretende entrar com um pedido de anula��o da sess�o que aprovou o parecer pela admissibilidade da a��o disciplinar.
Questionado sobre a conversa que teve nesta manh� com Gurgel, Cunha desconversou e disse que falou com o parlamentar em plen�rio como fala com qualquer outro. "Todo mundo que pratica qualquer ato errado, e se for respons�vel pelo ato, ele tem de certa forma ser investigado. Eu n�o sei o que aconteceu. N�o cabe a mim, isso n�o diz respeito a mim", declarou.