
O relator da representa��o contra o senador Delc�dio do Amaral (PT-MS) no Conselho de �tica do Senado, senador Telm�rio Mota (PDT-RR), deu parecer pela abertura de procedimento investigat�rio contra ele. Ap�s a leitura do relat�rio, o presidente do conselho, Jo�o Alberto Souza (PMDB-MA), convocou reuni�o para a pr�xima quarta-feira para vota��o do parecer.
Ap�s ler as argumenta��es de acusa��o e defesa de Delc�dio, Telm�rio entendeu que “h� ind�cios de quebra de decoro parlamentar” e que “a defesa do acusado n�o trouxe argumentos f�ticos ou t�cnicos que permitam o imediato arquivamento da representa��o”.
Delc�dio � acusado de quebra de decoro parlamentar pelas lideran�as da Rede e do DEM por ter sido flagrado oferecendo R$ 50 mil por m�s e um plano de fuga para que o ex-diretor da Petrobras, Nestor Cerver�, n�o firmasse acordo de dela��o premiada com o Minist�rio P�blico no �mbito da Opera��o Lava-Jato.
A oferta foi gravada por Bernardo Cerver�, filho do ex-diretor da Petrobras, e o �udio, entregue aos promotores do caso. Trechos de di�logos de Delc�dio com o advogado de Cerver�, Edson Ribeiro, e seu pr�prio chefe de gabinete, Diogo Ferreira, al�m de Bernardo, foram lidos pelo relator na apresenta��o do parecer. Na conversa, os quatro discutem qual seria a melhor rota para Nestor Cerver� sair do Brasil e entrar na Espanha, pa�s onde tem cidadania e do qual n�o poderia ser extraditado.
Delc�dio, Diogo e Edson foram presos ap�s den�ncia de Bernardo. Eles ficaram quase tr�s meses na cadeia e foram soltos em fevereiro, mas o senador se mant�m sob a condi��o de recolhimento domiciliar e s� pode sair de casa para trabalhar no Senado e ir ao m�dico.
A defesa de Delc�dio sofreu um rev�s na �ltima semana, quando um de seus advogados no Conselho de �tica, o ex-ministro do STJ Gilson Dipp, decidiu deixar o caso. Dipp se disse surpreendido pela reportagem da revista Isto�, que trazia detalhes de um suposto acordo de dela��o premiada firmado pelo senador com o Minist�rio P�blico, que teria propiciado sua sa�da da pris�o. Delc�dio n�o confirmou o acordo.
Se os membros do Conselho de �tica votarem com o relator e decidirem abrir procedimento investigat�rio sobre o caso, o conselho come�ar� uma nova fase de instru��o. Ser�o analisadas provas e ouvidas testemunhas sobre o caso para, ent�o, um novo relat�rio ser apresentado.
Com Ag�ncia Brasil