O governador Fernando Pimentel (PT) pode ser interrogado como investigado na Opera��o Acr�nimo, segundo informou o portal de informa��es jur�dicas Jota, na noite desta quarta-feira. De acordo com o Jota, a autoriza��o foi dada pelo ministro do Superior Tribunal de Justi�a, Herman Benjamin, que tamb�m permitiu que a Pol�cia Federal indicie o petista. Na decis�o de fevereiro, que n�o vincula o Minist�rio P�blico, que � respons�vel pela den�ncia feita � Justi�a, o ministro alega haver elementos suficientes para o indiciamento do governador.
Conforme publicado pelo portal, se a autoridade policial promoveu todos os atos investigat�rios e de coleta de provas “n�o haveria raz�o para destacar (e impedir o indiciamento) do restante do procedimento persecut�rio”. Ainda segundo a publica��o, o MP e a PF teriam recebido determina��o para interrogar o governador mineiro.
A opera��o investiga ind�cios de ilegalidades na campanha de Pimentel ao governo. A PF come�ou a apurar o caso em outubro de 2014, quando o empres�rio Benedito de Oliveira Neto, o Ben�, foi surpreendido em um jatinho que havia pousado no aeroporto de Bras�lia com R$ 113 mil, al�m de materiais de campanha do ent�o candidato. Pimentel tamb�m � investigado por supostas vendas de medidas provis�rias a empresas com empr�stimos do BNDES quando era ministro do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio.
O governo de Minas informou que n�o vai se manifestar sobre o assunto. O advogado de Fernando Pimentel, Ant�nio Carlos de A. Castro, disse n�o poder comentar o teor da decis�o do STJ por causa do segredo de Justi�a. Ele afirmou que, desde que soube pela imprensa do pedido de indiciamento feito pela Pol�cia Federal, pediu acesso � peti��o e s� obteve nesta quarta-feira. “Conseguimos as c�pias das pe�as,mas, antes de ler, j� veio essa not�cia do Jota e n�o podemos comentar por causa do sigilo imposto. S� posso garantir que o governador est�, como sempre esteve, � disposi��o do Judici�rio para esclarecer o que tiver que ser esclarecido”, disse.
Na avalia��o do advogado, quem deve ouvi-lo � o ministro Herman Benjamin ou a subprocuradora que cuida do caso. “Ele nunca se negou, sempre esteve � disposi��o do Judici�rio”, afirmou.
Procurado, o STJ n�o confirmou e nem negou a exist�ncia da decis�o alegando que n�o poderia se pronunciar, j� que o processo est� sob segredo de Justi�a.