PMDB tem que discutir na conven��o a possibilidade de sa�da do governo, diz Cunha

Bras�lia - O presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu nesta quinta-feira que alguma proposta relacionada ao desembarque do governo Dilma Rousseff deve ser discutida pelo PMDB durante a conven��o nacional do partido, marcada para s�bado, 12. O peemedebista avaliou que n�o d� para "virar as costas" diante a divis�o interna na sigla sobre o assunto.

"Esse tema dificilmente deixar� de ser abordado pela conven��o. Qual vai ser o resultado, n�o sei. Mas que alguma coisa disso vai ser votada, n�o tenho d�vida disso", afirmou Cunha ao deixar a sess�o plen�ria.

Segundo ele, devem haver discuss�es e mo��es tanto dos que defendem a perman�ncia do PMDB no governo quanto dos que s�o contr�rios. "Tem que debater. Partido pol�tico que n�o debate n�o � partido pol�tico", afirmou.

O presidente da C�mara defendeu que, durante a conven��o, as duas alas da legenda tentem chegar a algum tipo de acordo "para votar alguma coisa que seja mais ou menos comum". "Se n�o tiver, que se vote (desembarque)", disse. "N�o tem como voc� n�o discutir esse assunto. Nem que seja para definir a independ�ncia", emendou o peemedebista.

Com aval do vice-presidente Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o senador Romero Juc� (RR) e parte da ala oposicionista do PMDB na C�mara costuram um documento que defende a libera��o dos membros do partido na vota��o do impeachment e de todas as mat�rias que a legenda decida por n�o fechar quest�o - inclusive as da pauta econ�mica.

O documento dever� ser apresentado na conven��o nacional do partido, neste s�bado, e aparece como uma alternativa mais branda � proposta de desembarque imediato do governo, defendida pela ala mais radical da legenda e que vem crescendo conforme a data da conven��o se aproxima.

PSDB

Sobre eventual aproxima��o do PMDB com o PSDB, Cunha disse que, no Congresso Nacional, os parlamentares est�o "sempre conversando com todo mundo". Ele disse ainda n�o ver "nada demais" no jantar dos partidos, ontem, com lideran�as do Senado. "Pol�tica � feita para conversar. N�o foi um gesto partid�rio, e sim de bancada", completou.

Cunha afirmou que nesta quarta jantou com Michel Temer, mas negou haver algum tipo de articula��o pol�tica ou manobra em rela��o ao impeachment. Em jantar realizado ontem, em Bras�lia, integrantes da c�pula do PSDB e as principais lideran�as do PMDB do Senado selaram reaproxima��o em busca de uma "alternativa" para a atual crise pol�tica.