Bras�lia, 14 - O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, descartou a possibilidade de o governo usar as reservas internacionais para fazer investimentos. "Se for o caminho, ser� para pagar d�vida, mas n�o h� nenhuma decis�o a respeito", afirmou ele, explicando que isso "tem uma l�gica". E emendou: "essa perspectiva de queima de reservas para investimento, essa hip�tese est� descartada. A outra hip�tese, para abater d�vida federal, � uma reflex�o, mas n�o tem decis�o tomada", justificou.
A c�pula do PT e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, que deve assumir um minist�rio no governo Dilma, insistem na necessidade de usar um ter�o dos US$ 372 bilh�es das reservas internacionais para a cria��o de um Fundo Nacional de Desenvolvimento e Emprego. A proposta consta no Programa Nacional de Emerg�ncia aprovado pela c�pula do PT no dia 26 de fevereiro, mas Dilma e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, sempre resistiram � ideia.
Em entrevista, Wagner garantiu que n�o tem "guinada" na pol�tica econ�mica. "Consertar a economia com o impeachment � o pior rem�dio", declarou o ministro, acrescentando que "impeachment n�o � rem�dio nem para crise econ�mica, nem para impopularidade".
Na entrevista, o ministro informou que a expectativa � de que at� dia 30 de mar�o seja conclu�da renegocia��o da d�vida dos Estados e munic�pios, al�m das d�vidas com o BNDES. O governo sinalizou que poder� alongar em 20 anos o pagamento da d�vida dos Estados com a Uni�o e em 10 anos, com o banco de fomento, al�m de um desconto nas presta��es dos pr�ximos dois anos. "� para dar f�lego l� na ponta", disse ele, ao explicar que, al�m da renegocia��o das d�vidas, o governo pretende dar prosseguimento a obras do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC), com objetivo de aumentar o emprego. "Para animar a economia tem de botar obra p�blica para rodar porque ela emprega, gira mercado e aumenta a massa salarial", justificou o ministro, insistindo que "n�o tem m�gica". Segundo ele, "para chegar no desenvolvimento que a gente quer, temos de continuar fazendo esse processo de ajuste fiscal".
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Jaques Wagner descarta uso das reservas internacionais para fazer investimentos
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