
Delc�dio afirma que os desvios eram repartidos entre A�cio e o ex-deputado Jos� Janene, do PP. O senador petista cita uma conversa que teve com o Luiz In�cio Lula da Silva, em 2005, no qual o ent�o presidente afirmou ter sido procurado por Janene e por A�cio para que Dimas continuasse � frente da diretoria de engenharia de Furnas.
"Agora o PT, que era contra, est� a favor. Pelo jeito ele est� roubando muito!", teria dito o ex-presidente. Delc�dio afirma que seria necess�rio muito dinheiro para manter tr�s grandes frentes de pagamentos a tr�s partidos importantes (o PP, o PSDB e o PT).
Aos investigadores, Delc�dio afirma n�o conhecer como funcionava o esquema em Furnas, mas garante que a empresa foi usada sistematicamente "em v�rios governos" para repassar valores aos partidos, da mesma maneira como ocorreu com a Petrobras, conforme revelou a Opera��o Lava Jato.
Dimas � apontado por Delc�dio como um "super diretor", com grande capilaridade pol�tica dentro de Furnas, e que os demais diretores eram "meros coadjuvantes" na empresa. De acordo com o senador, Dimas ainda tem grande influ�ncia pol�tica, tendo conseguido eleger deputado federal o filho Dimas Fabiano (PSDB-MG).
O esquema em Furnas j� havia sido citado na dela��o premiada do doleiro Alberto Youssef. As informa��es do delator sobre A�cio, no entanto, n�o foram suficientes para que a Procuradoria-Geral da Rep�blica requisitasse inqu�rito para investigar o tucano na Lava Jato.