Bras�lia – O Pal�cio do Planalto aguarda apenas a chegada do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva a Bras�lia para oficializ�-lo como novo ministro-chefe da Secretaria de Governo no lugar de Ricardo Berzoini. De acordo com fontes, o an�ncio est� preparado, � espera da libera��o da presidente Dilma Rousseff. Lula embarcou por volta das 15 horas de S�o Paulo e deve chegar pouco antes das 17 horas � capital federal. O ex-presidente se encontrar� com Dilma para acertar os seus detalhes no novo cargo.
Lula, que estava resistente a aceitar o convite, teria mudado de ideia ap�s as manifesta��es de domingo passado, que mostraram a necessidade de ele assumir uma posi��o no governo. Ainda n�o est� certo qual papel ter� Berzoini no governo, no entanto, a expectativa � que ele fique no governo como assessor especial ou em secretaria-executiva.
Al�m de tentar ajudar o governo a conter a crise pol�tica, o ex-presidente j� havia passado a considerar a hip�tese de assumir um cargo no Planalto depois que a ju�za Maria Priscilla Ernandes, da 4ª Vara Criminal de S�o Paulo, ter decidido, na segunda-feira, transferir para o juiz federal S�rgio Moro, da Opera��o Lava-Jato, a decis�o sobre o pedido de pris�o preventiva contra ele. O pedido foi feito pelo Minist�rio P�blico de S�o Paulo por suspeita de lavagem de dinheiro em suposta oculta��o de patrim�nio e falsidade ideol�gica no tr�plex no Guaruj�.
Se de fato aceitar entrar para a equipe de Dilma, Lula ganha a prerrogativa de foro privilegiado de julgamento. Isso significa que qualquer den�ncia contra ele teria de ser avaliada pelo Supremo Tribunal Federal, e n�o pelo juiz Sergio Moro. O ex-presidente, por�m, quer desvincular sua eventual ida para o Minist�rio da obten��o de foro privilegiado. "A possibilidade de Lula vir para o governo � real e concreta, mas a decis�o, at� agora, est� na cabe�a dele", disse o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, nesta segunda-feira. "Todo mundo sabe da capacidade do ex-presidente de articula��o pol�tica." Nesta ter�a, o ministro da Advocacia-Geral da Uni�o, Jos� Eduardo Cardozo, negou poss�vel "blindagem criminal" alegando que "n�o existe anistia para ministro".