(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Janot n�o comenta se abrir� inqu�rito para investigar den�ncias de Delc�dio

O procurador-geral da Rep�blica est� em Paris para um evento sobre coopera��o internacional para o combate � corrup��o na Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�mico


postado em 16/03/2016 11:07 / atualizado em 16/03/2016 11:30

"Sobre esse assunto eu n�o vou falar", disse Janot ao ser questionado sobre a dela��o de Delc�dio (foto: Jos� Cruz/Ag�ncia Brasil)
Paris - O procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, afirmou na manh� desta quarta-feira em Paris, que n�o comentar� as revela��es feitas na dela��o premiada do senador Delc�dio do Amaral (MS), nem se abrir� ou n�o novo inqu�rito para investigar as den�ncias. Delc�dio pediu nessa ter�a-feira  desfilia��o do PT.

Segundo o ex-l�der do governo, o ministro da Educa��o, Alo�sio Mercadante, tentou interferir nas investiga��es tentando demov�-lo de falar.

Janot est� em Paris para um evento sobre coopera��o internacional para o combate � corrup��o na Organiza��o para a Coopera��o e o Desenvolvimento Econ�mico (OCDE). Na chegada, o procurador-geral n�o evitou a imprensa, mas questionado se abriria novo inqu�rito para investigar as den�ncias de ontem, afirmou: "Sobre esse assunto eu n�o vou falar".

Em seu breve discurso na Conven��o Anticorrup��o da OCDE, Janot destacou que o Brasil, como um dos pa�ses signat�rios da conven��o, "segue de perto" as reuni�es desde 2009, eventos que definiu como um "instrumento de peso para trocar experi�ncias e contatos".

Sem mencionar nenhuma investiga��o espec�fica, o procurador-geral destacou a import�ncia da conven��o. "Isso se revelou de grande import�ncia quando o Brasil p�de obter informa��es na primeira grande acusa��o criminal contra uma empresa brasileira. Tratava-se da corrup��o de um caso de corrup��o de autoridades brasileiras", lembrou.

Janot disse ainda que o Estado brasileiro tem aperfei�oado os instrumentos de luta contra a corrup��o. "Aprovamos a lei de corrup��o de empresas, lei relativa � responsabilidade civil e administrativa em mat�ria de corrup��o. Tamb�m fizemos uma forma��o para funcion�rios p�blicos para identificar e combater a corrup��o transnacional", enumerou.

O procurador-geral destacou ainda que o Minist�rio P�blico Federal e a Controladoria-Geral da Uni�o trabalham de forma mais estreita "com o objetivo de identificar e traduzir em Justi�a os casos de corrup��o transnacional e impedir o vazamento de informa��es e documentos sobre um dos mais graves casos de corrup��o da hist�ria do Brasil".

Minist�rio da Justi�a

O procurador-geral defendeu seu ex-subordinado Eug�nio Arag�o, nomeado nesta semana ao Minist�rio da Justi�a. Arag�o foi apontado por um relat�rio da Pol�cia Federal de 2005 por supostamente atuar para convencer as autoridades americanas a n�o repassar documentos sobre a queda de sigilo banc�rio de uma empresa do publicit�rio Duda Mendon�a, ent�o suspeito de participa��o no mensal�o, nos Estados Unidos.

Janot disse conhecer bem o caso e ter certeza de que Arag�o, que ocupava o cargo de subprocurador-geral da Rep�blica, n�o atrapalhou o mensal�o. "O fato que foi referido, que aconteceu em 2005, eu conhe�o bem. O MPF conseguiu documentos na procuradoria de Nova York, e ele (Arag�o) foi diretamente designado pelo procurador-geral para se inteirar e depois circularizar esses documentos de maneira que pud�ssemos us�-los como prova no processo brasileiros", afirmou.

Para Janot, a interven��o de Arag�o foi correta e preservou a utilidade das provas para a Justi�a. "Tinha uma determinada autoridade que n�o era do Minist�rio P�blico Federal, de outro �rg�o, que simplesmente pegou esses documentos, colocou embaixo do bra�o e queria trazer para o Brasil. Ou seja, iria viciar a prova", afirmou.

Arag�o assumiu o cargo na segunda-feira, dia 14, em substitui��o a Wellington C�sar Lima e Silva, que havia sido empossado 11 dias antes. Ele n�o p�de permanecer no cargo por decis�o do Superior Tribunal Federal (STF), que decidiu que Lima e Silva n�o poderia acumular o cargo de ministro com o de procurador do Estado da Bahia.

Reuni�o

O procurador-geral chegou � capital francesa vindo de Helsinque, na Finl�ndia, onde participou de uma reuni�o do Comit� Executivo da Associa��o Internacional de Procuradores (IAP).

Mas desta vez Janot e Vladimir Aras, secret�rio de Coopera��o Jur�dica Internacional da PGR, n�o se encontraram com a procuradora nacional financeira, �liane Houlette, chefe do Minist�rio P�blico Financeiro da Fran�a, como aconteceu em abril de 2015.

Ainda nesta quarta, Janot ser� um dos painelistas na OCDE, mas seu discurso acontecer� a portas fechadas.

Do evento em Paris tamb�m participa o procurador-geral su��o Michael Lauber, com quem a PGR brasileira negocia a coopera��o internacional por meio da quebra de sigilos banc�rios e o envio de documentos � opera��o Lava Jato.

Janot e Lauber se reencontrar�o nesta quinta-feira, 17, em Berna, quando da �ltima etapa da turn� europeia do procurador-geral brasileiro, na Su��a.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as not�cias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, fa�a seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)