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Estado de Minas

Su��a apura 'estrutura' banc�ria da Odebrecht


postado em 17/03/2016 08:37 / atualizado em 17/03/2016 08:49

Berna - O Minist�rio P�blica da Su��a suspeita que a Odebrecht criou uma "estrutura" nos bancos do pa�s europeu para pagar propinas, em troca de contratos superfaturados e tendo como destino contas inclusive de pol�ticos.

� reportagem, o MP su��o confirmou que essa � a linha das investiga��es conduzidas e que o foco agora � identificar todos aqueles que tenham sido beneficiados pelas transfer�ncias. Tr�s ex-diretores da Petrobras j� foram identificados, mas ainda h� outros destinat�rios.

Nesta quinta-feira, 17, a quest�o da Odebrecht ser� um dos pontos a ser tratado pelo procurador-geral da Su��a, Michael Lauber, com o procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, em Berna.

Os dados tamb�m fazem parte de quatro documentos do Tribunal Penal da Su��a que, no final de janeiro, apontaram para a necessidade de o MP refazer o processo de coopera��o para o envio de dados ao Brasil. A revis�o foi conclu�da no dia 29 de fevereiro e o MP constatou que o compartilhamento dos dados deveria ocorrer. A Odebrecht ainda pode recorrer da decis�o.

Mas, ao argumentar para o fato de que os dados deveriam ser enviados ao Brasil, sob algumas condi��es, o tribunal su��o revelou em suas decis�es partes do processo de investiga��o que ocorre na Su��a desde 2015 e que confirmam a suspeita do MP.

Numa das decis�es, do dia 19 de janeiro, a Justi�a indica que as investiga��es no Brasil sobre a Odebrecht estavam sendo confirmadas pela apura��o que ocorria em Berna. Segundo o documento, ao "levantar dados banc�rios", os procuradores su��os apontaram para uma "forte suspeita de que a Odebrecht tenha estabelecido v�rias companhias domiciliadas para lidar com isso (pagamento de propinas) ou dependeram de empresas offshore na Su��a que abriram estruturas de contas para fazer o pagamento da corrup��o para a ger�ncia".

Segundo os su��os, "as autoridades brasileiras foram capazes de reconstruir como as partes C, F e H receberam claramente um fluxo de dinheiro". As letras se referem aos nomes de tr�s ex-executivos da Petrobras - Pedro Barusco (ex-gerente de Engenharia), Renato Duque (ex-diretor de Engenharia) e Paulo Roberto Costa (ex-diretor de Abastecimento).

Segundo outro documento, de 22 de janeiro, "v�rios informes de atividades suspeitas de lavagem de dinheiro" foram gerados em rela��o � empresa brasileira e levadas ao tratamento do procurador-geral da Su��a.

O material ainda aponta que o MP "teria demonstrado que a Construtora Norberto Odebrecht mantinha diversas contas banc�rias em nome de sociedades sediadas na Su��a, atrav�s das quais, diretamente ou por meio de intermedi�rio de outras sociedades, teriam sido realizados pagamentos significativos a ex-diretores da Petrobras".

Esse exame levou a uma investiga��o criminal contra a Odebrecht, mas tamb�m contra outras pessoas f�sicas conhecidas e "desconhecidas". Documentos foram coletados e, em 16 de julho de 2015, o MP pediu a colabora��o do Brasil para poder questionar suspeitos no Pa�s. A inten��o era a de "confrontar fatos" e questionar as pessoas sobre os documentos coletados nos bancos.

Nas institui��es financeiras, os dados apontaram n�o apenas para contas secretas, mas cartas de cr�dito e outros instrumentos financeiros usados nas transa��es.

Pol�ticos

Outra constata��o das investiga��es dos su��os � de que o dinheiro movimentado em diversas contas na Su��a pode ter irrigado n�o apenas as contas dos ex-diretores da Petrobras, mas tamb�m de pol�ticos em troca de contratos.

Parte da investiga��o a partir de agora tamb�m envolver� um questionamento de Fernando Migliaccio, ex-executivo da Odebrecht, e que foi preso na Su��a em meados de fevereiro sob a "forte suspeita" de pagar propinas para ex-diretores da estatal. "A pessoa foi detida depois de entrar na Su��a por um curto per�odo com o objetivo de fechar uma conta banc�ria e mover ativos em uma conta para o exterior", explicou a procuradoria su��a.

"A corte baseou sua decis�o sob a forte suspeita de que a pessoa presa esteve envolvida no pagamento de propinas para ex-diretores da Petrobras", explicou a procuradoria. "Alguns dos pagamentos foram feitos em contas mantidas por empresas domiciliadas na Su��a, cujo benefici�rio foi identificado como Odebrecht", apontou.

Inicialmente, o suspeito ficar� preso por um per�odo de tr�s meses "diante do risco" de fuga e por conta do risco de "colus�o com outras partes".

Defesa

Procurada, a construtora informou que "n�o � parte no processo mencionado, de modo que n�o pode comentar o assunto".


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