
Ontem, o juiz S�rgio Moro, que conduz o processo da Lava Jato em primeira inst�ncia, levantou o sigilo dos autos da investiga��o sobre o ex-presidente Lula e tornou p�blicos �udios interceptados por investigadores. Em uma das conversas, a presidente Dilma conversa com Lula sobre o termo de posse como ministro da Casa Civil.
No di�logo, de ontem, a presidente afirma que iria enviar a Lula o termo de posse para ser usado em "caso de necessidade". Para investigadores, a conversa demonstra tentativa de evitar a pris�o do ex-presidente conferindo ao petista foro privilegiado.
Cardozo foi ao sal�o branco da Corte, onde os integrantes do Tribunal costumam receber advogados ap�s as sess�es do plen�rio, e conversou com todos os presentes.
Explicou que a presidente, na verdade, enviaria o termo de posse para que Lula deixasse assinado e possibilitasse a realiza��o da cerim�nia no caso de o ex-presidente n�o poder viajar a Bras�lia.
Segundo ele, os ministros foram receptivos e entenderam a pondera��o.
O ministro Gilmar Mendes, cr�tico ao governo e relator de mandados de seguran�a que pedem a suspens�o da posse de Lula, n�o estava no local quando Cardozo foi ao Tribunal.
A ministra Rosa Weber, uma das procuradas pelo advogado-geral da Uni�o, evitou coment�rios ao deixar o Tribunal. Em uma das conversas interceptadas, o ex-presidente Lula pedia que o ex-ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, falasse com Dilma sobre "o neg�cio da Rosa Weber".
A ministra foi relatora do pedido da defesa de Lula para retirar das m�os do juiz S�rgio Moro investiga��o sobre o ex-presidente que corria na Justi�a Federal em Curitiba. Para o ministro da AGU, as coloca��es no �udio n�o causam constrangimento ao Tribunal.