"A pedido do Minist�rio P�blico Federal e da Pol�cia Federal, s�o executadas pris�es, buscas e condu��es para investigar estrutura secreta do Grupo Odebrecht usada para pagamentos il�citos at� o pelo menos o segundo semestre de 2015", informou a Procuradoria, em nota.
"Para operacionalizar o esquema il�cito, foi instalado dentro do Setor de Opera��es Estruturadas da Odebrecht um sistema informatizado pr�prio, utilizado para armazenar os dados referentes ao processamento de pagamentos il�citos e para permitir a comunica��o reservada entre os executivos e funcion�rios envolvidos nas tarefas il�citas".
Segundo o Minist�rio P�blico Federal, os "pagamentos il�citos" teriam ocorrido at� pelo menos o segundo semestre de 2015. S�o investigados, de acordo com a Procuradoria, poss�veis crimes de organiza��o criminosa, corrup��o e lavagem de ativos oriundos de desvios da Petrobras, cometidos por empres�rios, profissionais e lavadores de dinheiro ligados ao Grupo Odebrecht.
"Al�m disso, para viabilizar a comunica��o secreta entre executivos, funcion�rios da Odebrecht e doleiros respons�veis por movimentar os recursos esp�rios, utilizava-se outro programa, em que todos se comunicavam por meio de codinomes. A partir da an�lise de e-mails e planilhas apreendidas, apurou-se que pelo menos 14 executivos de outros setores do Grupo Odebrecht, que demandavam "pagamentos paralelos", encaminhavam aos funcion�rios as diversas solicita��es de pagamentos il�citos, de forma que a contabilidade paralela e a entrega dos valores esp�rios ficassem centralizados nesta estrutura espec�fica”, afirmou a for�a-tarefa.
Os investigadores sustentam que o material abre uma nova linha de apura��o de pagamento de propinas em fun��o de variadas obras p�blicas.
A Opera��o Xepa � um desdobramento da Acaraj�, 23ª fase da Lava-Jato, que atingiu o publicit�rio Jo�o Santana e a mulher e s�cia Monica Moura. O casal trabalhou em campanhas eleitorais petistas. Segundo a investiga��o, acaraj� era o termo usado para tratar de propina.
“Em decorr�ncia das buscas e apreens�es e de outras dilig�ncias realizadas ap�s a deflagra��o da 23ª fase da Opera��o Lava-Jato, colheram-se ind�cios de que foi instalado dentro da estrutura do Grupo Odebrecht um setor profissionalmente organizado que era utilizado para pagamentos que inclu�am vantagens indevidas a servidores p�blicos em raz�o de contratos firmados pela Odebrecht, chamado 'setor de opera��es estruturadas'”, diz a nota da for�a-tarefa.
Segundo os procuradores, o ex-presidente da Odebrecht Marcelo Odebrecht tinha conhecimento e dava anu�ncia para os pagamentos il�citos.
"A partir das planilhas obtidas e das anota��es contidas no celular de Marcelo Odebrecht, obtiveram-se mais evid�ncias contundentes de que este, ent�o presidente da Organiza��o Odebrecht, n�o apenas tinha conhecimento e anu�a com os pagamentos il�citos, mas tamb�m comandava diretamente o pagamento de algumas vantagens indevidas, como, por exemplo, as vantagens indevidas repassadas aos publicit�rios e tamb�m investigados Monica Moura e Jo�o Santana”, apontou a nota.