Em territ�rio brasileiro, construiu estradas, estaleiros, aeroportos, metr�s e est�dios para a Copa do Mundo, entre eles a Arena Corinthians. Os primeiros contratos com a Petrobras foram firmados ainda na d�cada de 50. E, hoje, a estatal, mais do que cliente, � tamb�m sua s�cia em uma das maiores subsidi�rias do grupo: a petroqu�mica Braskem.
L� fora, o primeiro projeto estrangeiro da Odebrecht foi a constru��o de uma hidrel�trica no Peru, em 1979. Cinco anos depois, come�ou a construir a maior hidrel�trica de Angola, dando in�cio ao seu relacionamento com o presidente Jos� Eduardo dos Santos, que ainda hoje est� no comando do pa�s africano. No Panam�, ganhou US$ 8,5 bilh�es em contratos p�blicos ao longo da �ltima d�cada. E, em Cuba, est� � frente do pol�mico Porto de Mariel.
A empreiteira certamente n�o teria alcan�ado tamanho destaque n�o fosse o empurr�ozinho do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES). Entre 2007 e o in�cio de 2015, o banco de fomento destinou � Odebrecht cerca de 70% de todo recurso destinado a obras de empresas brasileiras no exterior. Dos R$ 12 bilh�es emprestados pelo banco com essa finalidade, R$ 8,2 bilh�es foram para o grupo.
Embora, historicamente, a empresa fundada por Norberto Odebrecht estivesse sempre muito pr�xima do poder, foi no governo petista que o grupo deu um de seus maiores saltos. Em 2003, quando Lula chegou � presid�ncia, a Odebrecht j� era considerada a maior empreiteira do pa�s, com faturamento de R$ 17,3 bilh�es. At� 2014, a receita foi multiplicada por seis, para R$ 107,7 bilh�es.
Al�m de engenharia e constru��o, a empresa atua em outros dez neg�cios, entre eles saneamento, log�stica e explora��o de petr�leo.
Com uma d�vida que beira os R$ 100 bilh�es, cr�dito mais restrito e estando no alvo da Opera��o Lava-Jato, a Odebrecht foi obrigada nos �ltimos meses a se desfazer de alguns ativos.
No fim do ano passado, a empresa de transportes do grupo vendeu por R$ 170 milh�es para o Ita� sua fatia na ConectCar, que atua no pagamento eletr�nico de ped�gio. Assim como outras construtoras envolvidas na investiga��o da Pol�cia Federal, a estrat�gia do conglomerado � encolher para sobreviver.