S�o Paulo, 24 - Uma eventual ren�ncia da presidente Dilma Rousseff ofereceria a melhor oportunidade para que o Brasil conseguisse aprovar reformas estruturais essenciais para recuperar a economia, segundo an�lise da consultoria brit�nica Oxford Economcis. "Esse seria o passo menos traum�tico para a economia brasileira", diz relat�rio assinado pelo diretor de pesquisa para a Am�rica Latina, Marcos Casarin.
A consultoria afirma que a presidente tem um �ndice de aprova��o popular muito baixo e est� se tornando cada vez mais isolada, ao perder o apoio de partidos da base aliada. Isso sem contar o processo de impeachment decorrente das chamadas "pedaladas fiscais", que seriam um desrespeito � Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A Oxford comenta que Dilma j� n�o comanda mais o Pa�s, pois n�o tem nem mesmo o apoio do PT, em especial na �rea econ�mica, ou do PMDB, que est� dividido sobre o suporte ao governo. "Assim, mais tr�s anos de impasse impediriam qualquer chance de uma retomada da agenda de reformas antes de 2019". A consultoria diz que a ren�ncia � melhor do que o impeachment porque este processo no Congresso pode levar meses, impedindo a discuss�o sobre temas econ�micos essenciais.
O analista acredita que um eventual governo Michel Temer teria mais chance de aprovar reformas, especialmente tendo em conta as medidas contidas no programa do PMDB intitulado "Uma ponte para o futuro".
"O PMDB n�o � um partido baseado em ideologia e tradicionalmente n�o aponta candidato pr�prio para a presid�ncia. Assim, n�o necessariamente governaria olhando as pr�ximas elei��es e poderia, pelo menos em teoria, dirigir o Pa�s de maneira mais pragm�tica", destaca o relat�rio, afirmando que este cen�rio seria similar ao que aconteceu com Itamar Franco - que assumiu a presid�ncia ap�s o impeachment de Fernando Collor.
Mesmo assim, a Oxford Economics lembra que a mudan�a de governo n�o seria uma panaceia e provavelmente n�o seria suficiente para impulsionar a recupera��o da economia e dos pre�os dos ativos dom�sticos. Assim, logo que o novo governo assumisse seria preciso focar na agenda de reformas.
"Quanto mais tempo o Brasil levar para reformar a Previd�ncia, as leis trabalhistas e o sistema tribut�rio, mais tempo a economia permanecer� presa no atual 'equil�brio ruim' de queda da produ��o e maior pr�mio de risco".