Su��a define limites de colabora��o com a Opera��o Lava-Jato

Ap�s o an�ncio da cria��o de uma for�a-tarefa entre o Minist�rio P�blico da Su��a e a Procuradoria-Geral da Rep�blica, na semana passada, o �rg�o do pa�s europeu afirmou ontem em nota que eventuais casos de evas�o fiscal est�o exclu�dos da colabora��o bilateral da Opera��o Lava Jato. "Evas�o fiscal n�o � base para uma coopera��o legal em processos criminais", disse o MP em Berna, em comunicado distribu�do � imprensa.

A rea��o ocorreu depois que a reportagem do Estado revelou que a Procuradoria-Geral da Rep�blica e o MP su��o fecharam um entendimento informal na semana passada para facilitar a transmiss�o de dados de suspeitos e sobre o uso dos documentos citados.

O MP brasileiro recebeu autoriza��o para consultar, de forma sigilosa, documentos com suspeitas de sonega��o. Dias depois, por�m, os su��os mudaram os protocolos, exigindo que as comunica��es n�o sejam feitas mais entre as procuradorias, mas por meio de notas diplom�ticas.

No m�s passado, os su��os indicaram ao Minist�rio P�blico brasileiro que autorizariam o uso de documentos sobre o deputado Eduardo Cunha, j� enviados ao Brasil, para acus�-lo por sonega��o. O procurador-geral da Rep�blica Rodrigo Janot pediu abertura de inqu�rito nesse sentido. "N�o existe restri��o em rela��o �s acusa��es que podem ser feitas contra Eduardo Cunha no Brasil", indicou na �poca o Departamento de Justi�a da Su��a.

Bloqueios
O Minist�rio P�blico da Su��a tamb�m n�o reconhece os valores bloqueados em contas na Su��a relacionados � Lava Jato. Na segunda-feira, o Estado mostrou que o esquema de corrup��o na Petrobr�s soma o maior montante de recursos congelados no pa�s europeu em valores atualizados, com base em informa��es obtidas por meio de uma alta fonte pr�xima aos casos.

As autoridades su��as citaram "fontes abertas" como base para uma outra lista, na qual a Lava Jato soma cerca de US$ 800 milh�es bloqueados - a contagem � semelhante � apontada pela reportagem. Em patamar semelhante se encontra o esc�ndalo de corrup��o envolvendo a fam�lia que governa o Usbequist�o.

Sem atualizar valores ao c�mbio atual, os su��os dizem que o valor bloqueado em nome do ex-ditador filipino Ferdinando Marcos � de US$ 685 milh�es, e n�o de US$ 650 milh�es, como indicado pelo Estado, e que os relativos ao nigeriano Sani Abacha foi de US$ 332 milh�es, e n�o US$ 620 milh�es.