
"N�s t�nhamos at� recentemente, antes da decis�o do Supremo, um sistema de financiamento privado: as empresas � que financiavam a pol�tica na sua subst�ncia. Mas � bem prov�vel que esse sistema tenha sido bastante adensado, sofisticado, nesses �ltimos anos".
Gilmar Mendes disse que agora ser�o proibidas doa��es de empresas �s campanhas, mas sublinhou que mesmo assim, poder� haver manipula��o para as empresas continuarem a doar recursos para essas campanhas, por isso, defende uma reforma pol�tica.O ministro est� em Portugal para participar de um simp�sio sobre direito constitucional, do qual participaria o vice-presidente, Michel Temer, que cancelou sua ida. O encontro tem sido apontado por alguns meios da imprensa brasileira como um momento de articula��o das lideran�as da oposi��o brasileira, algo que Gilmar Mendes recusa.
"Claro que n�o e seria at� um tanto ing�nuo pensar que, a partir de um semin�rio, se fosse estabelecer um novo Governo. � que os nervos no Brasil est�o um tanto quanto tensionados e propiciam este tipo de historieta. A rigor, isso � um desprop�sito".
Gilmar Mendes est� em Lisboa para participar no IV Semin�rio Luso-Brasileiro de Direito, promovido pelo Instituto Brasiliense de Direito P�blico (EDB/IDP - do qual Gilmar Mendes � cofundador) e a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), entre 29 e 31 de mar�o.
Michel Temer fora convidado para o evento "na qualidade de constitucionalista", mas cancelou a sua participa��o porque na ter�a-feira, na abertura do semin�rio, haver� uma reuni�o que decidir� se o PMDB permanecer� na base aliada da presidente Dilma Rousseff. "Esta hist�ria � de um 'non sense' completo. Se se tratasse de conspira��o seria melhor faz�-lo no Brasil e n�o aqui", disse o ministro.