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Estado de Minas

Divis�o do PSDB se acirra em meio � crise


postado em 28/03/2016 07:37 / atualizado em 28/03/2016 07:51

S�o Paulo - Principal partido de oposi��o ao governo da presidente Dilma Rousseff, o PSDB chega ao momento decisivo do processo de impeachment no Congresso assombrado pelo espectro da divis�o interna e pelos desdobramentos da Opera��o Lava-Jato, al�m de estar seriamente amea�ado de perder o protagonismo na disputa contra a petista.

Enquanto os senadores A�cio Neves (MG), presidente do partido, e Jos� Serra (SP) disputam o protagonismo da transi��o (e reeditam a antiga rivalidade), o governador de S�o Paulo, Geraldo Alckmin, explodiu as pontes com os caciques tucanos de S�o Paulo, Estado que � o ber�o pol�tico e a principal base do PSDB.

Serra � o principal canal de comunica��o do PSDB com o vice-presidente Michel Temer (PMDB). O tucano paulista tem defendido a ajuda do partido a um eventual governo do peemedebista. Mas A�cio apresenta resist�ncia. O senador mineiro, no entanto, vem sendo citado em novas dela��es da Lava Jato e ter� de se dedicar nos pr�ximos dias a elaborar sua defesa, deixando um pouco de lado as articula��es pol�ticas.

Na semana passada, A�cio disse que o PSDB n�o deve discutir cargos com Temer e recomendou cautela ao partido. O problema para os tucanos � que o impeachment avan�a e o PSDB come�a a perder espa�o no processo para as alas rebeldes do PMDB, para o DEM e para o PPS.

"A�cio precisa ser cuidadoso com o que fala, pois � presidente do partido", afirmou o ex-deputado Jos� An�bal, presidente do Instituto Teot�nio Vilela, bra�o de elabora��o te�rica do PSDB. "Quando se agrava a situa��o, as lideran�as precisam ampliar o foco", conclui. O "foco" ao qual ele se refere s�o as pretens�es eleitorais dos dois rivais internos: o Pal�cio do Planalto em 2018.

� nesse ponto que entra o terceiro elemento de instabilidade no ninho tucano. A decis�o de Alckmin de patrocinar politicamente a pr�-candidatura do empres�rio Jo�o Doria � Prefeitura de S�o Paulo foi uma declara��o de guerra aberta ao grupo de Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que apoiaram o vereador Andrea Matarazzo nas pr�vias do partido.

Interpreta��o

A leitura do racha paulista � a mesma em todas as alas do PSDB: Alckmin tentar� ampliar sua influ�ncia na m�quina partid�ria nacional para se viabilizar como presidenci�vel. Se n�o conseguir furar o bloqueio de A�cio, que preside a legenda, ele mudar� de partido, provavelmente para o PSB.

No atual cen�rio, entretanto, Alckmin est� "preso" a S�o Paulo e � liturgia do cargo, e n�o tem como fazer frente a Serra e A�cio na arena nacional.

Se persistir o impasse entre os dois senadores, a decis�o final ser� tomada pela executiva nacional do PSDB, algo que seria in�dito na hist�ria do partido e sintom�tico da divis�o interna. "Quando o impeachment passar na C�mara, esse debate vai aflorar nas inst�ncias partid�rias", disse o deputado Jutahy Junior (BA), que � pr�ximo a Serra.

"O PSDB enfrentou esse dilema (participar ou n�o do governo) duas vezes e tomou a decis�o certa em ambas", lembra o deputado Bruno Araujo (PE), um dos vice-presidentes do partido.

Nos dois casos, por�m, o cen�rio era muito diferente. Em 1992, o ent�o senador Fernando Henrique Cardoso foi convidado para integrar o minist�rio do presidente Fernando Collor e estava disposto a aceitar a miss�o. Principal l�der do partido � �poca, M�rio Covas vetou a movimenta��o do aliado.

Ap�s o impeachment de Collor, por�m, FHC foi ministro das Rela��es Exteriores e ministro da Fazenda de Itamar Franco. Tucanos lembram que no primeiro caso havia uma lideran�a incontest�vel e no segundo, um consenso. Dessa vez n�o h� nenhum dos dois elementos.


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