No comando do Minist�rio das Cidades, o PSD decidiu liberar seus 31 deputados para votar como quiserem em rela��o ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. No comando do Minist�rio da Integra��o Nacional, o PP cogita fazer o mesmo.
No PSD, a libera��o dos deputados teve anu�ncia do ministro das Cidades e presidente do partido, Gilberto Kassab. Dirigentes da legenda preveem que a bancada do partido no Senado, de tr�s parlamentares, tamb�m dever� ser liberada.
Pelos c�lculos de lideran�as do PSD, de 70% a 80% da bancada na C�mara deve votar a favor do impeachment. O c�lculo foi feito antes da sa�da de ministros do PMDB e do an�ncio pr�vio de que o desembarque ser� aprovado por aclama��o.
No PP, o presidente da sigla, senador Ciro Nogueira (PI), admite que n�o ter� como segurar suas bancadas na C�mara e Senado, principalmente ap�s o desembarque do PMDB. Semana passada, o partido j� tinha informado Dilma dessa dificuldade.
Pelos c�lculos da dire��o do partido, dos 49 deputados da legenda, pelo menos 15 s�o declaradamente a favor do impeachment e outros 35 "aguardam" defini��o oficial da presid�ncia da legenda sobre como votar.
"S� conseguimos garantir os 35 votos para o governo se for para o governo ganhar. Se for para perder, n�o conseguimos", afirmou um interlocutor de Ciro. Para a dire��o do PP, o governo precisa reagir para tentar segurar a base.
Conven��o
Na semana passada, parlamentares do PP pr�-impeachment entregaram ao presidente do partido uma lista com assinaturas de 22 deputados e de quatro dos seis senadores, pedindo a antecipa��o da conven��o nacional da legenda, para votar o desembarque.
Ciro prometeu marcar uma nova reuni�o das bancadas para tratar do assunto. O dirigente diz que quer "ganhar tempo" e s� deixar uma decis�o oficial sobre rompimento para depois que outros partidos anunciarem o desembarque.
Ap�s a reuni�o do PMDB de hoje, esses partidos do centr�o devem se reunir para avaliar como se posicionar. Assim como PP e PSD, o PR deve se reunir para alinhar um discurso. Apesar de mais da metade dos 40 deputados do PR defender o impeachment, o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, que � do partido, diz que, se depender dele, a sigla "n�o sai do governo de jeito nenhum".
"Eu n�o saio do governo, fa�o parte do governo Dilma", afirmou o ministro, acrescentando que vai trabalhar para convencer o partido a ficar na base. Ele ressalta que o PR tem v�rios cargos no governo Dilma e n�o seria correto abandon�-lo agora.
No Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, o PTB s� deve tomar qualquer decis�o de liberar a bancada ou desembarcar ap�s o deputado Jovair Arantes (GO) apresentar seu relat�rio na comiss�o do impeachment.
Apesar de, nos bastidores, a maioria dos 19 deputados do PTB ser pr�-afastamento da presidente Dilma Rousseff, a sigla quer evitar que qualquer decis�o da bancada levante suspeita sobre o trabalho do relator do impeachment, que � aliado do presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).