
Bras�lia - Horas antes da decis�o do PMDB de romper com o governo Dilma Rousseff, o ministro da Ci�ncia e Tecnologia, Celso Pansera, afirmou na manh� desta ter�a-feira que deseja ficar no comando da pasta. Em audi�ncia p�blica no Senado para falar sobre os planos do minist�rio e em entrevistas ap�s o encontro, ele reafirmou ser declaradamente contra o impeachment da presidente e disse que, se for o caso, votar� contra o pedido na C�mara - ele � deputado federal licenciado.
"Vou votar contra o impeachment, acho que n�o existe ainda o fato que determina o impeachment, essa � uma batalha minha. Obviamente o impeachment, ele � um mecanismo constitucional, mas ele tem que ser cumprido a rigor. As falas ontem, tanto do pedido da OAB quanto a fala dos ministros do STF, ficam claro, ministro do STF falou '� um dispositivo legal, est� na Constitui��o, o Congresso que decide'. Agora, tem que decidir em cima de fato determinante, que para mim n�o existe. Mesmo os argumentos colocados ontem pela OAB n�o me convenceram disso", disse.
O peemedebista afirmou, contudo, que s� anunciar� sua decis�o sobre a perman�ncia no posto ap�s o ato partid�rio. Ele dever� falar com os demais ministros do partido, a bancada do PMDB da C�mara, a presidente Dilma e o vice-presidente e presidente do PMDB, Michel Temer. Ele destacou que uma eventual resolu��o que deve ser votada na conven��o n�o tratar� especificamente de um prazo para a entrega dos cargos.
Para o ministro, os votos do PMDB a favor ou contra o impeachment s� ser�o conhecidos no dia da vota��o. "At� l�, � muita fuma�a e pouca realidade, muita nota plantada e pouco fato efetivo", criticou.
Na audi�ncia, Pansera contou aos presentes ter conversado na segunda-feira com Dilma e com Temer. Ele disse tamb�m ter se reunido com um conjunto de deputados do PMDB contr�rios ao impeachment, como � o caso do l�der da bancada, Leonardo Picciani (RJ). Na semana passada, o diret�rio fluminense do partido, um dos mais importantes e comandado pelo pai do l�der peemedebista, Jorge Picciani, aprovou o desembarque do governo Dilma.
O ministro, que n�o participar� da conven��o porque tem uma agenda na Bahia marcada h� um m�s, fez cr�ticas � condu��o pelos peemedebistas do processo de afastamento da presidente. "Falei para dirigentes do meu partido. N�o acho que a luta pol�tica tem que ser levada a esse extremo, de desmontar equipes que est�o levando minist�rio, nem digo o meu, mas Sa�de, Agricultura, determinantes, que tem impactos imediatos. Acho um erro levar a luta pol�tica, que � leg�tima, e existe em fun��o da crise, para esse extremo", disse.