
Na entrevista, o l�der disse que tem visto na bancada de seu partido uma vontade majorit�ria para o impeachment de Dilma prosseguir. Indagado sobre a declara��o do presidente do Senado Federal, seu correligion�rio Renan Calheiros, que disse esperar que o processo de impeachment n�o chegue ao Senado, Romero Juc� afirmou que diverge dessa posi��o. "Renan se acautelou, respeitamos a torcida pessoal dele, mas a torcida do povo brasileiro, que � maior, espera que (o processo) chegue (ao Senado)." Apesar da diverg�ncia, Juc� disse n�o ter d�vidas de que Renan tratar� do assunto - se o impeachment tramitar no Senado - de forma institucional, equilibrada e o processo caminhar�. "Eu espero que chegue porque o Pa�s tem que dar a volta por cima, n�o d� mais para ficar do jeito que est�, travado, empresas fechando e pessoas perdendo seus empregos."
Na sua avalia��o, o PMDB acordou hoje "mais leve" com a decis�o tomada por 82% de correligion�rios presentes no Diret�rio Nacional, votando por aclama��o. E reiterou que a partir de hoje ningu�m est� autorizado a exercer cargo do PMDB no governo federal. Segundo ele, al�m de Henrique Eduardo Alves, outros ministros est�o se preparando para o desembarque. "O PMDB agiu acertadamente porque a situa��o do Brasil hoje � grav�ssima e n�o podemos compactuar com o quadro econ�mico e social que est� se deteriorando rapidamente no Pa�s." Indagado sobre eventuais resist�ncias, disse esperar que isso n�o ocorra.
O senador peemedebista afirmou que tem o maior respeito pela presidente Dilma, mas o seu governo perdeu o eixo. E justificou o desembarque do seu partido da gest�o petista, sob alega��o de que a motiva��o n�o foi pessoal, mas pol�tica. "O governo disputou a elei��o de 2014 com um discurso e a realidade hoje � outra, ent�o o PMDB n�o mudou de posi��o", disse, alegando que a sigla est� cobrando posi��es e se posicionando sobre um quadro grav�ssimo. "A solu��o desse imbr�glio tem que vir pela pol�tica, o Brasil n�o precisa de um bravateiro."
Sobre os riscos de Temer assumir um Pa�s fragilizado, disse que o maior partido do Pa�s n�o pode se furtar a enfrentar este desafio e colocar as provid�ncias para a sa�da da crise em andamento. "Se o PMDB n�o fizer, quem far�?", indagou. E lembrou que a legenda j� conviveu com v�rios confrontos ao longo de seus 50 anos.
Lava-Jato
O senador disse que o PMDB apoia a Lava-Jato. "Essa opera��o muda os par�metros da pol�tica no Brasil. Mas acho que ela n�o pode ser o centro do governo e o centro do Pa�s, o governo tem que governar, tem que sair do imobilismo e paralelamente a Lava-Jato vai investigando, quem tiver culpa deve ser punido e quem n�o tiver, o Minist�rio P�blico deve ter a responsabilidade de isentar, n�o h� dem�rito em ser investigado, o dem�rito � ser condenado."
No caso de integrantes do PMDB, Juc� disse que eles devem ter direito de defesa, mas todos devem responder perante a lei. "N�o h� ningu�m acima da lei, � importante que a Lava-Jato continue com rapidez, para que fique claro quem cometeu ou n�o crimes."