Bras�lia - O ministro-chefe da Secretaria de Comunica��o Social, Edinho Silva, fez nesta quinta-feira um apelo ao di�logo entre as for�as pol�ticas, sob o argumento de que a radicaliza��o e a intoler�ncia no Pa�s podem levar a uma convuls�o social de consequ�ncias imprevis�veis. "N�s vamos baixar o tom ou vamos esperar o primeiro cad�ver?", perguntou Edinho. "Se algo n�o for feito, n�o tenham d�vida de que isso vai ocorrer."
Ao alegar que o governo est� procurando construir um ambiente de di�logo at� com a oposi��o, Edinho afirmou que a crise pol�tica contamina cada vez mais a economia brasileira, impedindo o crescimento. Questionado que iniciativas poderiam ser tomadas pelo Pal�cio do Planalto para enfrentar essa turbul�ncia, o ministro disse que "uma agenda de unidade precisa ser constru�da".
"A polariza��o p�s-elei��es extrapolou o campo pol�tico para legitimar toda forma de radicalismo e viol�ncia", emendou o ministro.
Ap�s o an�ncio da sa�da do PMDB do governo, Dilma tenta refazer a equipe com partidos aliados que assegurem votos contra o impeachment, na C�mara dos Deputados. A vota��o deve ocorrer em meados de abril e, para barrar o processo, a presidente precisa do aval de 171 deputados.
Em jantar nessa quarta-feira com Dilma, o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva relatou as negocia��es dos �ltimos dias. Embora a nomea��o de Lula para a Casa Civil ainda esteja suspensa, ele tem feito uma reuni�o atr�s da outra com deputados, senadores e dirigentes de partidos aliados.
Os encontros s�o promovidos no hotel onde Lula est� hospedado ou na casa de seus interlocutores, como o que ocorreu nessa quarta-feira com o senador Jader Barbalho (PMDB-PA), pai do ministro dos Portos, Helder Barbalho. At� agora, est� certo que Helder e K�tia Abreu (Agricultura) n�o sair�o do governo, embora sejam filiados ao PMDB.
Embora n�o haja decis�o final, � poss�vel que o ministro da Sa�de, Marcelo Castro, tamb�m fique na Esplanada, pois foi indicado pelo l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani (RJ), que promete "entregar" de 25 a 30 votos ao Planalto, embora o partido tenha anunciado a sa�da da base aliada.
"� evidente que aqueles que s�o do PMDB e querem contribuir para a sa�da da crise ser�o muito bem-vindos", disse o ministro da Comunica��o Social.
Na guerra contra o impeachment, o governo promete dar mais espa�o na equipe ao PP, ao PR e ao PSD, entre outros. O problema � que poucas cadeiras s�o cobi�adas por muitos, como a da Sa�de, por exemplo. Dilma avalia agora se vale a pena comprar briga para perder quem se disp�e a continuar na alian�a, mesmo enfrentando a c�pula do PMDB.