Ambos foram citados pela investiga��o Lava-Jato em fevereiro como poss�veis benefici�rios de propina em outro caso ligado ao transporte ferrovi�rio. Em uma troca de e-mails com um diretor da Odebrecht, V�zquez reclamou da falta de um pagamento em mar�o de 2010, fim do primeiro mandato de Cristina. Nas mensagens, � citado o aterramento da linha de trem metropolitano Sarmiento, provavelmente a obra que motivou o suborno. Os documentos foram passados � Justi�a argentina.
V�zquez � suspeito de captar dinheiro para campanhas kirchneristas e, segundo o jornal La Naci�n, estava escondido em um arm�rio de casa quando a Pol�cia Federal o deteve. Jaime se entregou depois de saber da emiss�o da ordem de captura. O engenheiro de 61 anos j� foi acusado em mais de 30 causas judiciais e responde a 20. Na mais conhecida delas, foi condenado a seis anos de pris�o por fraude administrativa na investiga��o de um acidente ferrovi�rio que matou 55 pessoas em 2012. Na ocasi�o, um trem colidiu contra a plataforma da Esta��o Once, uma das principais de Buenos Aires. Concluiu-se que compras feitas por Jaime n�o condiziam com a qualidade dos vag�es que circulavam. Ele espera por uma decis�o final da Justi�a.
No ano passado, Jaime admitiu ser corrupto. Devolveu 2 milh�es de pesos (R$ 480 mil) para n�o enfrentar um ano e meio de pris�o. Entre outros delitos pelos quais responde, est�o enriquecimento il�cito, abuso de autoridade, associa��o il�cita e lavagem de dinheiro.
Integrantes do governo argentino que pressionam pela investiga��o de den�ncias de corrup��o durante o kirchnerismo celebraram a deten��o de Jaime. "Come�a a ser feita Justi�a. Durante anos fui acusada de denunciar sem provas, mas elas sempre existiram", disse a deputada Elisa Carri�, uma das mentoras da coaliz�o de centro-direita Cambiemos, que levou Mauricio Macri ao poder. Parte dos governistas � mais cautelosa, diante da necessidade de apoio no Congresso de peronistas dissidentes que pertenceram � administra��o anterior.