Engenheiro civil de forma��o, Magalh�es � cearense e ligado ao deputado Macedo (CE), rec�m-filiado ao PP, ap�s deixar o PSL. O novo diretor ocupar� o lugar de Walter Gomes de Souza, que tinha sido indicado pelo PMDB e foi exonerado do cargo na semana passada ap�s o partido romper com o governo.
Oficialmente, o PP afirma que a nomea��o do Dnocs faz parte de uma "d�vida antiga" da presidente com a sigla. Segundo parlamentares do partido, o governo tinha prometido entregar o comando do departamento � legenda desde que o PP assumiu o Minist�rio da Integra��o Nacional.
Al�m da diretoria-geral do Dnocs, a c�pula do PP espera, para os pr�ximos dias, mais nomea��es para o segundo escal�o do governo, principalmente para o Banco do Nordeste (BNB) e para a Companhia de Desenvolvimento do Vale do S�o Francisco e do Parna�ba (Codevasf).
Discurso oficial
As nomea��es para o segundo escal�o contrariam discurso oficial da pr�pria c�pula do partido. O presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), tinha dito que nenhum indicado do partido assumiria nenhuma pasta no governo at� o julgamento do impeachment, o que foi reiterado em nota divulgada nesta ter�a.
Apesar do discurso, Ciro articulou hoje nos bastidores para passar uma mensagem ao governo de que o PP, que soma 49 deputados, vai permanecer na base. Ciente de que tem maioria governista, ele decidiu antecipar para esta quarta-feira, 6, a vota��o sobre o desembarque ou n�o do governo. At� ent�o, a ideia era tomar essa decis�o somente ap�s a vota��o do impeachment.
A vota��o est� marcada para ocorrer na reuni�o das bancadas da C�mara e do Senado convocada pelo dirigente para 14h desta quarta. Mas a vota��o foi contestada pela ala pr�-impeachment. Ciente de que perderia o pleito, o grupo argumenta que somente o diret�rio nacional seria a inst�ncia apropriada para tomar a decis�o.
O deputado Jer�nimo Goergen (RS) acusou o presidente do PP de tentar criar um "fato pol�tico" com a reuni�o de hoje, para sinalizar ao governo de que a sigla permanecer� na base. Isso porque, apesar da validade pol�tica, a vota��o pode ser contestada na Justi�a, por a reuni�o da bancada n�o ser a inst�ncia adequada.
"N�o estou entendendo essa atitude deles. Estou cumprindo o que eles pediram", reagiu Ciro Nogueira. Ele lembrou que foi a pr�pria ala pr�-impeachment que pediu em reuni�o ontem para que a decis�o sobre desembarque fosse antecipada, inclusive amea�ando entrar na Justi�a para obrig�-lo.
O dirigente ressaltou tamb�m que o documento que deve ser votado hoje ser�, inclusive, o elaborado pela ala anti-Dilma e que, a pedido do grupo, ele abriu exce��o para que a bancada do PP no Senado tamb�m votasse na reuni�o. "Acho que viram que n�o tem esse n�mero (para aprovar o desembarque) e est�o criando essa celeuma", disse Ciro.
Goergen confirmou que a ala pr�-impeachment amea�ou entrar na Justi�a, mas para obrigar o presidente do partido a convocar a reuni�o do diret�rio nacional e n�o das bancadas no Congresso. O parlamentar assumiu ainda que o grupo n�o teria votos suficientes para aprovar o desembarque na vota��o desta quarta. As informa��es s�o do jornal
O Estado de S. Paulo.