Bras�lia - O doleiro Leonardo Meirelles, s�cio do tamb�m doleiro Alberto Youssef, vai depor na manh� desta quinta-feira como testemunha de acusa��o no processo por quebra de decoro parlamentar contra o presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de �tica da Casa.
O doleiro diz ter provas de que o lobista J�lio Camargo transferiu pelo menos US$ 5 milh�es em propina para uma conta secreta de Cunha na Su��a. O dinheiro seria pagamento pelo peemedebista ter ajudado empresas coreanas e japonesas a fecharem contratos de navios sonda com a Petrobras em 2006 e 2007. O presidente da C�mara nega.
Nesta Quarta-feira 6, em mais uma a��o para tentar adiar a an�lise do processo, que se arrasta h� mais de cinco meses, a defesa de Cunha ingressou com recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir a oitiva de delatores da Opera��o Lava Jato arrolados como testemunhas, entre Meirelles.
Advogados de Cunha sustentam que os delatores n�o podem contribuir com o objeto central do processo que analisa se o presidente da C�mara quebrou o decoro parlamentar ao, segundo a representa��o, mentir na CPI da Petrobr�s dizendo que n�o possu�a contas secretas no exterior. Afirmam ainda que os delatores querem se "beneficiar" dos depoimentos.
Depois da fase da instru��o, o relator ter� at� 10 sess�es para apresentar seu parecer sugerindo uma puni��o a Cunha, que poder� ser o pedido de cassa��o. Se aprovado pelo Conselho de �tica, o relat�rio seguir� para o plen�rio da C�mara, onde dever� ser votado. Caso seja rejeitado, o processo ser� arquivado.
Acusa��o
Cunha � alvo de processo no Conselho de �tica sob acusa��o de ter mentido que n�o tinha contas secretas no exterior durante depoimento � CPI da Petrobras na C�mara em 2015. Investiga��es da Opera��o Lava-Jato, contudo, apontam que o peemedebista possui contas na Su��a que foram supostamente abastecidas por recursos desviados da petrol�fera.
A defesa afirma que Cunha n�o tem contas no exterior em seu nome, mas, sim, offshores. Eles insistem que os valores que o presidente da C�mara tem no exterior foram transferidos para trustes no passado.