
Nas alega��es finais de 108 p�ginas entregues nesta quarta-feira, 6, no processo que corre contra Vaccari desde 2007, os advogados do petista pedem que, caso o pedido de anula��o do processo seja negado, a defesa tenha mais prazo para analisar um relat�rio de 17 mil p�ginas do Centro de Apoio Operacional � Execu��o do Minist�rio P�blico de S�o Paulo protocolado em outubro de 2015 nos autos da a��o penal.
Por fim, o criminalista Luiz Fl�vio Borges D’Urso, que defende Vaccari, pede ainda que, se nenhuma das solicita��es acima for acatada, o ex-tesoureiro do PT seja absolvido das acusa��es de lavagem de dinheiro, estelionato e forma��o de organiza��o criminosa.
"Diante de todo o exposto, restou evidente que o acusado Sr. Vaccari n�o participou de qualquer ato de gest�o da Bancoop at� assumir a presid�ncia, primeiro interinamente, em novembro de 2004, depois efetivamente, em 2005, n�o podendo ser responsabilizado por qualquer conduta criminosa, no �mbito da Cooperativa, antes disso", assinala o advogado nas alega��es finais.
"Ali�s, nada de il�cito pode ser imputado ao acusado, pois, como visto, assim que assumiu a presid�ncia da Cooperativa foi sens�vel a mudan�a de rumo e a disposi��o em aperfei�oar os procedimentos internos da Bancoop, postura que foi reconhecida por quase todos." segue o pedido da defesa do petista.
Ao longo das alega��es, D’Urso afirma que o Minist�rio P�blico cometeu erros no relat�rio apresentado durante o processo, e que foi posteriormente substitu�do pelo documento de 17 mil p�ginas em outubro do ano passado, e compara a situa��o de Vaccari � do atual ministro da Secretaria de Governo Ricardo Berzoini, que tamb�m foi diretor da Bancoop no mesmo per�odo em que Vaccari e n�o foi denunciado.
"N�o se pode aceitar que as mesmas circunst�ncias valham contra o acusado Sr. Vaccari, como prova, segundo o Minist�rio P�blico, de "conhecimento das negociatas criminosas na BANCOOP", e para o Sr. Ricardo Berzoini valham como prova de inoc�ncia ou pouca participa��o na administra��o da Bancoop", diz a defesa, em refer�ncia a contratos assinados pelos dois.
As investiga��es dos supostos desvios na Bancoop deram origem, anos mais tarde, � den�ncia contra o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva e sua fam�lia devido ao tr�plex no Guaruj� (SP), constru�do inicialmente pela cooperativa, mas depois repassado para a empreiteira OAS ap�s a Bancoop ficar insolvente, em 2009.
A den�ncia contra o ex-presidente foi encaminhada ao juiz federal S�rgio Moro, por decis�o da Justi�a paulista e, posteriormente, para o ministro do Supremo Teori Zavascki, que vai avaliar qual parte das investiga��es contra o petista ficam com a Corte e qual fica em primeira inst�ncia.
O promotor Jos� Carlos Blat, um dos autores da den�ncia contra Vaccari, afirmou que "qualquer nulidade e erros materiais apontados em relat�rios t�cnicos foram corrigidos e a defesa teve a oportunidade de se manifestar. As provas s�o contundentes".