
Ele disse, no entanto, que discorda do parecer encaminhado pelo procurador-geral da Rep�blica, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal e defendeu que Dilma n�o teve o objetivo de obstruir as investiga��es em rela��o ao ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva quando decidiu nome�-lo ministro-chefe da Casa Civil.
Em manifesta��o enviada nessa quinta, 7, ao Supremo, Janot mudou de opini�o sobre a nomea��o de Lula e disse que, agora, se mostra favor�vel � anula��o do decreto que deu posse ao petista. No parecer, o procurador-geral afirma que o ato foi um "desvio de finalidade" e que n�o restam d�vidas de que a nomea��o de Lula foi uma manobra para o ex-presidente escapar da al�ada do juiz S�rgio Moro e ser investigado pelo Supremo.
Cardozo rebateu esse argumento. "Neste caso n�o houve nenhuma obstru��o � Justi�a. N�o me parece que quando voc� fala que algu�m est� submetido ao foro privilegiado, voc� est� obstruindo a Justi�a. O Supremo � id�neo para julgar qualquer lit�gio e quem � julgado por ele n�o est� fugindo de jurisdi��o", afirmou.
Para completar a sua linha de racioc�nio, o advogado-geral da Uni�o disse que o STF, muitas vezes, julga os casos com mais celeridade do que a primeira inst�ncia, onde � poss�vel recorrer de v�rias formas de uma decis�o. Ele citou como exemplo o caso do mensal�o mineiro que est� na 1ª inst�ncia e ainda n�o foi julgado e afirmou que o outro mensal�o, do PT, foi julgado com mais rapidez pelo Supremo.