Um mapeamento da secretaria do governo, produzido na semana passada, mostra que ao menos dois ministros — possivelmente Patrus Ananias (Desenvolvimento Agr�rio) e Celso Pansera (Ci�ncia e Tecnologia) — devem retomar aos postos no Congresso. Pansera � do PMDB do Rio, que est� dividido quanto ao apoio ao governo. Seu voto, no entanto, � considerado pr�-Dilma. Al�m dele, Sergio Zveiter, que � secret�rio municipal e habita��o do Rio de Janeiro, deve retomar o posto contra o impedimento.
� o que conta o deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ). Segundo ele, o deputado licenciado Arolde de Oliveira (PSC-RJ), atual secret�rio de trabalho do Rio, tamb�m deve retomar seu mandato. Seu voto, no entanto, ainda n�o teria sido divulgado. “Se sou deputado, quero participar desse momento hist�rico do pa�s, quem n�o iria querer voltar?”, avaliou Jacob. Tamb�m para participar do “momento hist�rico”, os deputados petistas Miguel Correa e Odair Cunha, ambos secret�rios estaduais em Minas Gerais, querem voltar � C�mara.
Os ministros do PMDB da C�mara, inclusive, devem ter uma reuni�o esta semana para definir quais retomar�o o cargo. Mauro Lopes (Avia��o Civil), segundo fontes pr�ximas, estaria sendo alvo de press�o do governo para n�o sair da Esplanada, j� que seu suplente seria pr�-governo e o voto do ministro � considerado incerto. O outro ministro do partido � Marcelo Castro, da Sa�de, ligado ao l�der do PMDB, Leonardo Picciani, aliado do governo.
OPOSI��O Do lado oposicionista, a quest�o foi fechada em reuni�o de c�pula dos tucanos no Pal�cio do Bandeirantes na sexta-feira. Segundo participantes, ficou combinado que todos os governos estaduais do partido deveriam liberar seus secret�rios que tamb�m sejam deputados para dar uma demonstra��o de for�a a favor do impeachment. No caso de S�o Paulo, retomar�o os cargos Floriano Pesaro, Samuel Pereira, Arnaldo Jardim e Rodrigo Maia. Duarte Nogueira, que est� licenciado para organizar campanha pela prefeitura de Ribeir�o Preto, tamb�m retorna.
Segundo aliados do governador paulista, a ideia � que Alckmin, que ficou com poucos interlocutores no Congresso, monte uma esp�cie de gabinete informal no Bandeirantes para acompanhar a evolu��o das articula��es. Outros estados tamb�m seguir�o os mesmos passos. No Paran�, Valdir Rossoni, atual secret�rio-chefe da Casa Civil, j� declarou que voltar� para votar pelo afastamento presidencial.