
A Pol�cia Federal indiciou criminalmente o governador de Minas Gerais Fernando Pimentel (PT) por corrup��o passiva, organiza��o criminosa, lavagem de dinheiro e tr�fico de influ�ncia. O enquadramento penal de Pimentel ocorreu no inqu�rito da Opera��o Acr�nimo.
Segundo a PF, o governador teria favorecido uma grande revendedora de ve�culos. A PF tamb�m indiciou Pimentel em outro inqu�rito - desmembramento da Acr�nimo - por crime de falsidade ideol�gica eleitoral.
Pimentel havia sido intimado para depor na sexta-feira, 8, mas n�o compareceu. O governador � alvo da Acr�nimo por suposto recebimento de vantagens indevidas de empresas que mantinham rela��es comerciais com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES), institui��o subordinada ao Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior, que ele comandou de 2011 a 2014.
O indiciamento do governador foi autorizado expressamente pelo ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justi�a (STJ). Em decis�o de fevereiro, o ministro argumentou que, se os policiais respons�veis pelo caso cumpriram as etapas necess�rias � investiga��o, n�o havia motivo para impedir o indiciamento.
No inqu�rito policial, indiciar corresponde a imputar a algum suspeito a autoria de determinado il�cito penal. N�o significa, contudo, que o Minist�rio P�blico Federal (MPF) concordar� com os argumentos e denunciar� o envolvido.
No in�cio do ano, a PF pediu ao STJ o indiciamento de Pimentel por corrup��o passiva, organiza��o criminosa e lavagem de dinheiro, mas o Minist�rio P�blico Federal deu parecer contr�rio � medida. A PF havia solicitado tamb�m autoriza��o para interrogar Pimentel, o que foi permitido por Benjamin.
Na Opera��o Acr�nimo, em outra frente de investiga��o, a PF apura suposta “venda” de portarias que beneficiavam o setor automotivo durante a gest�o do petista e de seu sucessor, Mauro Borges, na pasta. Ambos negam. Tamb�m h� suspeitas de que houve financiamento irregular da campanha do ex-ministro ao governo de Minas, em 2014.
Quando o ministro Herman Benjamin autorizou o indiciamento de Pimentel, o criminalista Ant�nio Carlos de Almeida Castro Kakay disse que n�o se pronunciaria sobre a decis�o, pois ela era sigilosa. Ele afirmou que o petista sempre esteve � disposi��o para colaborar com as investiga��es e n�o as teme.