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Estado de Minas

Dilma perde na comiss�o e fica na m�o do plen�rio para continuar na Presid�ncia

Comiss�o especial aprova por 38 votos a 27 o pedido de impeachment da presidente por crime de responsabilidade fiscal. Batalha do Planalto por apoio se intensifica esta semana


postado em 12/04/2016 06:00 / atualizado em 12/04/2016 07:21

Deputados da oposição comemoram o resultado, enquanto governistas apostam que os adversários não conseguirão os votos necessários em plenário para avançar o processo contra Dilma (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)
Deputados da oposi��o comemoram o resultado, enquanto governistas apostam que os advers�rios n�o conseguir�o os votos necess�rios em plen�rio para avan�ar o processo contra Dilma (foto: Ed Alves/CB/D.A Press)

Bras�lia – O placar final da comiss�o especial do impeachment – 38 votos favor�veis e 27 contr�rios ao afastamento da presidente – manteve em aberto a vota��o decisiva no plen�rio da C�mara. Aliados do Planalto calculam que, para obter os 342 votos necess�rios para afastar a presidente Dilma Rousseff, a oposi��o teria de ter obtido, ontem, ao menos, 43 votos, para que a propor��o se repita no fim de semana. J� os oposicionistas apostam em um plen�rio mais heterog�neo que a comiss�o montada, segundo eles, “para que o governo n�o perdesse a primeira batalha do impeachment”.

Proporcionalmente, a oposi��o obteve pouco mais de 58% dos votos v�lidos na comiss�o ontem. A guerra no plen�rio ser� mais intensa, j� que o processo de Dilma s� segue para o Senado se o impeachment for aprovado por dois ter�os dos deputados. A estrat�gia passa, tamb�m, pela necessidade de um qu�rum mais elevado. Para se ter uma ideia, parlamentares experientes calculam que, na aprova��o de emendas constitucionais por 308 votos, a margem de seguran�a � de, no m�nimo 490 deputados em plen�rio. Processos de impeachment s�o aprovados com 342 votos.

Para aliados do vice-presidente Michel Temer, o resultado expressou quase que fielmente os c�lculos internos feitos antes da vota��o. “Foi o melhor resultado entre aqueles que esper�vamos conseguir. � bom lembrar que essa comiss�o foi montada com base nas regras definidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que beneficiavam o Planalto”, disse o deputado Jutahy J�nior (PSDB-BA).

O tucano estima que a oposi��o tenha, hoje, aproximadamente 330 votos em plen�rio, em um universo de 60 parlamentares ainda indecisos. “O resultado demonstra a fragilidade da defesa da presidente da Rep�blica. Ela cometeu crime de responsabilidade previsto na Constitui��o e ter� a admissibilidade de seu processo de afastamento aprovado, segundo determina a mesma Constitui��o”, afirmou o presidente nacional do PSDB, senador A�cio Neves (MG).

J� o chefe do gabinete da presidente Dilma, ministro Jaques Wagner, que ao lado do ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) e do ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, tem sido um dos principais estrategistas para salvar Dilma, tamb�m afirmou que o resultado de ontem estava dentro do esperado. “Nossa conta era de 27 a 31, 32. Mas os 27 eram dentro at� porque representam 41,5% da comiss�o. No plen�rio, daria 213 votos. Em alguns momentos, tenho falado que nossa conta varia entre 207, 208”, calculou Wagner. “Eles pregam o golpe dissimulado e podem comemorar n�mero, mas n�o d� o resultado que gostariam. Vamos continuar trabalhando at� dia da vota��o em plen�rio”, afirmou.

Wagner afirmou que a presidente Dilma Rousseff recebeu com tranquilidade o resultado e que “agora � hora de trabalhar”. “Os 27 deputados que considero her�is da democracia porque reconhe�o mais que defensores governo”, afirmou Jaques Wagner.

QG em hotel

O resultado aumenta ainda mais a press�o nos tr�s dias que antecedem o in�cio dos debates do impeachment, previstos para come�ar na pr�xima sexta-feira. A oposi��o seguir� pressionando os indecisos. Mas o vazamento de um �udio ontem (leia mais na p�gina 5) na qual o vice-presidente j� discursou como se o impeachment tivesse sido aprovado, pode embolar os planos. “Vamos evitar usar o WhatsApp para divulgar nossa estrat�gia”, ironizou um aliado do vice-presidente.

Al�m da batalha pelos votos em plen�rio, ainda paira no ar o risco da judicializa��o, j� que o advogado-geral da Uni�o, ministro Jos� Eduardo Cardozo, apontou uma s�rie de irregularidade que teriam sido cometidas ao longo do processo de impeachment.

O presidente da comiss�o especial, deputado Rog�rio Rosso (PSD-DF), defendeu o trabalho do colegiado. “Diferentemente de 1992 (impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello) em que a comiss�o se reuniu apenas nove horas e n�o promoveu debates e esclarecimentos, fizemos mais de 50 horas de reuni�es e debates, dando oportunidade de ampla defesa a presidente”, afirmou.
n Tumulto e bate-boca
na �ltima sess�o

A �ltima sess�o de debates na comiss�o foi marcada por pol�micas e bate-boca entre aliados e oposi��o ao Pal�cio do Planalto. Foram quase 10 horas de discursos inflamados de ambos os lados. Algumas bancadas foram rachadas para a vota��o. O PMDB, que at� o fim de mar�o era o principal aliado do governo e decidiu romper com a presidente Dilma, liberou o voto dos seus deputados diante das divis�es internas. O l�der do PMDB na C�mara, Leonardo Picciani (RJ),  argumentou que a bancada est� dividida, por isso, liberaria o voto – e foi aplaudido pelo plen�rio. Ao fim da vota��o, deputados oposicionistas foram vaiados por um grupo contr�rio ao impeachment, formado por assessores parlamentares e servidores da C�mara, que gritavam “n�o vai ter golpe, vai ter luta” e “golpistas, fascistas, n�o passar�o”. Acompanhados de pessoas pr�-impeachment, os parlamentares responderam cantando “fora PT” e “acabou a boquinha”. Houve troca de empurr�es e ofensas. (Com ag�ncias)


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