
S�o Paulo - O celular do empreiteiro da OAS Jos� Adelm�rio Pinheiro, o L�o Pinheiro, apreendido na Opera��o Ju�zo Final, a 7.ª fase da Lava-Jato - em novembro de 2014 -, levou os investigadores a identificar o dep�sito de R$ 350 mil na conta da Par�quia S�o Pedro, no Distrito Federal, ligada ao ex-senador Gim Argello (PTB-DF).
O arquivo de mensagens � revelador. Os textos indicam uma conduta agressiva de Gim Argello, provavelmente quando exigia propinas. Ele era chamado de "Alco�lico" pelo executivo L�o Pinheiro.
Para a for�a-tarefa da Procuradoria da Rep�blica e da Pol�cia Federal, o repasse da OAS ao templo foi um pedido de Gim Argello para que L�o Pinheiro n�o fosse convocado a depor na CPI da Petrobr�s, em 2014, da qual o ent�o senador era vice-presidente.
Na decis�o em que deflagra Vit�ria de Pirro e manda prender Gim Argello, o juiz federal S�rgio Moro se referiu a mensagens trocadas por L�o Pinheiro, em 2014, com interlocutores, entre eles o ex-presidente da Andrade Gutierrez e hoje delator da Lava-Jato, Ot�vio Marques de Azevedo, como um ‘verdadeiro encontro fortuito de provas’.
O juiz da Lava-Jato destacou ainda uma troca de mensagens de 30 de setembro de 2014, entre L�o Pinheiro e Gustavo Nunes da Silva Rocha, presidente da Invepar, empresa do Grupo OAS. "Gustavo Rocha: Falei com ele (Gim Argello) agora. Fiquei de retornar com os pr�ximos passos. Abs."
De acordo com a for�a-tarefa, a mensagem significa o pagamento de R$ 350 mil para conta da par�quia por solicita��o de Gim Argello, com o custo sendo suportado pelos contratos da OAS junto � Refinaria do Nordeste Abreu e Lima.
A OAS informa que est�o sendo prestados todos os esclarecimentos solicitados e dado acesso �s informa��es e documentos requeridos pela Pol�cia Federal, em sua sede em S�o Paulo, na manh� desta ter�a-feira. A empresa refor�a que est� � inteira disposi��o das autoridades e continuar� colaborando no que for necess�rio para as investiga��es.
Moro disse que as informa��es que deram origem � Vit�ria de Pirro foram compartilhadas pelo Supremo Tribunal Federal com a Justi�a Federal. Ele se reporta aos dados contidos nas dela��es premiadas do empreiteiro Ricardo Pessoa, da UTC Engenharia, e Walmir Pinheiro Santana, diretor da empreiteira. Ambos revelaram as propinas para o ex-senador.