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Estado de Minas

Dilma: Pa�s vive intera��o de instabilidade pol�tica profunda com crise econ�mica

A presidente repetiu o discurso de que a crise econ�mica � c�clica, que primeiro atingiu os pa�ses desenvolvidos e depois as na��es em desenvolvimento


postado em 13/04/2016 16:19 / atualizado em 13/04/2016 16:47

A presidente Dilma Rousseff admitiu nesta quarta-feira, em entrevista a um grupo de jornalistas no Pal�cio do Planalto, que o Pa�s vive a intera��o entre uma instabilidade pol�tica extremamente profunda, que h� 15 meses afeta o Pa�s, e a crise econ�mica. "Eu n�o digo que a crise econ�mica derive integralmente da pol�tica, acho que ela � intensificada, acho que ela � bastante piorada, agora, sobretudo eu acho que a nossa capacidade de recupera��o se mostrou limitada pela crise pol�tica", afirmou a presidente.

Dilma repetiu o discurso de que a crise econ�mica � c�clica, que primeiro atingiu os pa�ses desenvolvidos e depois as na��es em desenvolvimento. Para ela, ningu�m pode subestimar o efeito da queda das commodities sobre o conjunto da economia e o fato de que n�o houve uma recupera��o significativa da economia americana. "Mas tem caracter�sticas pr�prias do Brasil. Eu n�o acredito que se deve fundamentalmente � pol�tica antic�clica que n�s adotamos a partir de 2009 as nossas mazelas econ�micas. Acho que n�o".

A presidente avaliou que as a��es do governo adiaram os efeitos da crise, mas o que o Brasil ainda tem v�rias "disfun��es" que precisam ser superadas. "Acredito que tivemos um aprofundamento da crise derivado do fato de que n�s, ao fazer a pol�tica antic�clica, n�s derrubamos bastante a arrecada��o do Pa�s", afirmou. "N�s tivemos um n�vel de redu��o de impostos bem elevado", afirmou.

Entre as medidas citadas por ela para tentar mitigar e adiar os efeitos da crise no Pa�s, as quais tiveram como resultado a queda na arrecada��o est�o o Programa de Sustenta��o do Investimento (PSI), com juros de 2,5% ao ano, a redu��o do imposto sobre bens de capital de 30% para 4%. Essas medidas, para ela, seguraram o emprego "Se voc� for olhar no meu per�odo - sem contar o per�odo do presidente Lula - de 2011 a 2014, cr�amos um pouco mais de 5,2 milh�es de empregos. Se a gente for olhar hoje o saldo, mesmo com 15 meses de profunda crise econ�mica, n�s perdemos em torno de 2,6 milh�es empregos. Conseguimos manter um saldo de 3 milh�es e pouco (de empregos)".

A presidente avaliou ainda que a economia internacional come�a a dar sinais que vai diminuir o crescimento do lado dos emergentes e processo que necessariamente ter� de ser enfrentado pelo governo. "Ningu�m saiu de processo de crises sem enfrent�-las". Por outro lado, segundo a presidente, o Brasil tem uma situa��o externa favor�vel, com a proje��o de US$ 40 bilh�es de super�vit na balan�a comercial feita pelo Minist�rio do Desenvolvimento Ind�stria e Com�rcio Exterior, ante um d�ficit de US$ 4 bilh�es obtido em 2014. "Todos os pa�ses mais parecidos conosco tiveram uma sa�da via aumento das exporta��es, substitui��o de importa��o por insumos mais caros".

Dilma considerou que outro ponto de melhora na economia foi a queda da infla��o, mas relacionou a redu��o, bem como a alta no ano passado, ao pre�o da energia el�trica. "Tivemos um ajuste de tarifas brutal, tivemos bandeira vermelha e tivemos que botar todas as t�rmicas para funcionar para n�o termos racionamento. Tem gente que acha isso errado. N�o, isso faz parte de qual � a estrutura do sistema e � um dos fatores que pesa na infla��o tanto para cima quanto para baixo".

Pauta-bomba


Na entrevista, a presidente afirmou ainda que ser�o necess�rias reformas profundas para o Pa�s, mas admitiu que para isso � preciso unidade. Ela criticou, por exemplo, as chamadas pautas-bomba votadas no Congresso, consideradas por ela como "disfun��es" e citou, entre elas, o projeto de decreto legislativo (PDL) do deputado Espiridi�o Amin (PSD-SC) que altera contabiliza��o das d�vidas dos Estados com a aplica��o de juros simples em vez dos juros compostos. Segundo a Fazenda, a medida tem o potencial de gerar um rombo superior a R$ 300 bilh�es aos cofres da Uni�o.

"Uma pauta-bomba (que) veio da C�mara (s�o) os juros simples. Estamos brigando com ele (PDL), pergunta pro Nelson Barbosa, desde o primeiro dia de 2016. O deputado Espiridi�o Amin fez esse projeto terr�vel". Para Dilma, mais que os R$ 300 bilh�es de perdas potenciais de receita, o problema maior � a paralisia que pauta-bomba como essa causa. "N�s termos que ir sistematicamente ao Congresso dizer: n�o fa�am isso, n�o podem fazer isso, isso � um absurdo para o Pa�s", disse. "Pauta-bomba � aquela pauta que a pessoa, ou o conjunto, acha que � poss�vel sair de uma situa��o dif�cil colocando fogo em todo o restante"

Dilma lembrou que no ano passado ao menos cinco grandes pautas-bomba com R$ 140 bilh�es de perdas para o governo tramitaram no Congresso. "N�s tivemos esse processo durante 15 meses, desde a minha elei��o e n�o preciso comprovar, basta que voc�s leiam o que voc�s mesmos escreveram", afirmou.

Reforma pol�tica

A presidente considerou tamb�m que � dif�cil supor que algu�m reestruture a pol�tica no Pa�s sem uma reforma no setor. Dilma criticou o crescimento no n�mero de partidos, o que torna dif�cil um acordo de governabilidade, e lembrou que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) conseguiu a maioria no parlamento com apenas tr�s partidos e o ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva (PT) tamb�m necessitou de um grupo menor de legendas. "No in�cio do meu segundo mandato, n�s temos 26 ou 27 partidos, com partidos que n�o t�m representa��o congressual e ainda o n�vel de unidade � diferenciada, com v�rias tend�ncias de um �nico partido".

Dilma criticou novamente o presidente da C�mara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respons�vel por aceitar o processo de impeachment que tramita contra ela. Para a presidente, Cunha � um dos grandes respons�veis pelas pautas-bomba e pela n�o vota��o de reformas necess�rias no Congresso.

Para Dilma, processo de impeachment marcar� profundamente a hist�ria do presidencialismo no Brasil. Com fez ontem, a presidente voltou a criticar na entrevista Cunha e Temer, sem cit�-los nominalmente, classificando os pol�ticos como chefe e vice-chefe do golpe, agindo ocultamente.


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