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Estado de Minas

Governo aposta no Senado para arquivar impeachment

Avalia��o no Pal�cio do Planalto � que praticamente n�o h� mais chances de derrubar o pedido de impeachment na C�mara


postado em 14/04/2016 06:00 / atualizado em 14/04/2016 07:38

Renan Calheiros garantiu que não tomará qualquer atitude que possa parecer manobra protelatória(foto: Geraldo Magela/Agência Senado )
Renan Calheiros garantiu que n�o tomar� qualquer atitude que possa parecer manobra protelat�ria (foto: Geraldo Magela/Ag�ncia Senado )

Bras�lia – Articuladores do governo no Congresso praticamente jogaram a toalha em rela��o a impedir a aprova��o do impeachment na C�mara, no domingo, e come�am a montar a estrat�gia para o enfrentamento no Senado. O primeiro passo para se ter m�nimas chances de �xito � n�o perder de muito na vota��o deste fim de semana. Pelos c�lculos otimistas, o governo teria, hoje, 150 votos mais ou menos cristalizados, 22 a menos que o m�nimo necess�rio para impedir de pronto o afastamento da presidente.

O esfor�o de varejo pol�tico, comandado pelo ex-presidente Luiz In�cio Lula da Silva, � chegar o mais pr�ximo poss�vel dos 172. “Lula est� cansado, mas ainda tenta manter o otimismo para n�o desanimar a milit�ncia”, admitiu um dos interlocutores que estiveram com ele em um hotel de Bras�lia. Oficialmente, o Planalto afirma que teria entre 189 e 205 votos. Mas essa avalia��o j� desidratou em rela��o � �ltima segunda-feira, dia em que o relat�rio do impeachment foi aprovado na Comiss�o Especial, quando os c�lculos eram de 208 a 215 votos.

Se n�o houver qualquer mudan�a no transcurso regimental, o processo de admissibilidade do impeachment de Dilma estaria pronto para ser votado no Senado na primeira semana de maio. A data mais especulada � o dia 4, uma quarta-feira. Alguns petistas ainda apostam que o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), possa fazer algum tipo de consulta de ritos ao Supremo Tribunal (STF). Durante encontro com alguns parlamentares, contudo, Renan garantiu que n�o tomar� qualquer atitude que possa parecer manobra protelat�ria. O relator tende a ser o l�der do PMDB no Senado, Eun�cio Oliveira (CE).

Para a admissibilidade ser aprovada, � necess�ria maioria simples dos votos no Senado (42), algo que o governo n�o tem. Sendo assim, a tend�ncia, hoje, � que a presidente seja afastada por at� 180 dias. O vice-presidente Michel Temer assumiria, portanto, o governo. Come�aria, ent�o, a t�tica de guerrilha do PT e dos movimentos sociais. “Com Dilma afastada, a tend�ncia � de que os movimentos favor�veis ao impeachment deixem as ruas. Nossa tropa, ao contr�rio, continuar� mobilizada”, avisou um cacique petista.

A t�tica, ent�o, seria refor�ar o discurso do golpe, em uma tentativa de inviabilizar a gest�o de Michel Temer. “Temer far� um governo fraco, que n�o dura dois meses. Ap�s uma semana carimbando nele e no presidente da C�mara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) a pecha de golpistas e traidores conseguimos baixar em sete pontos percentuais o apoio ao impeachment (68% para 61%, segundo a mais recente pesquisa Datafolha)”, lembrou um petista. “Se conseguirmos baixar essa aprova��o para menos de 50%, poderemos ter alguma chance”, completou um parlamentar aliado de Dilma.

Outro ponto a ser explorado pelos petistas ser� as incongru�ncias entre a oposi��o e um poss�vel governo Temer. A aposta � que o PSDB – especialmente a ala do partido mais ligada ao presidente da legenda, senador A�cio Neves (MG) – n�o v� aderir de pronto � gest�o peemedebista. At� porque o tucano mais pr�ximo do atual vice-presidente � o senador Jos� Serra (SP), que tamb�m alimenta planos de concorrer ao Planalto em 2018. “Vamos dizer que a oposi��o deu um golpe para nos tirar e n�o quis dar apoio pol�tico ao governo de transi��o”, disse um senador do PT.


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